Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Scalco, Giovana Pereira da Cunha |
Orientador(a): |
Celeste, Roger Keller |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/165133
|
Resumo: |
Introdução: A escala de Senso de Coerência (SOC), desenvolvida por Antonovsky, vem sendo utilizada no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Embora seja crescente o número de publicações brasileiras envolvendo o tema, o processo de adaptação da escala não está claro na literatura. A versão adaptada não foi submetida a uma rigorosa análise fatorial, etapa importante no processo de validação. Objetivo: avaliar o processo de adaptação transcultural e as propriedades psicométricas da versão brasileira da escala de SOC. Dois objetivos teóricos foram propostos: 1) revisar sistematicamente estudos de adaptação transcultural da versão brasileira da escala de Senso de Coerência em português; 2) testar a estrutura dimensional da versão brasileira da escala de SOC com 13 itens. Método: Para a revisão sistemática foram pesquisadas quatro bases de dados eletrônicas para artigos publicados até dezembro de 2016: LILACS, PubMed, Scielo e Scopus com restrição para o Brasil, contendo vocabulário livre e controlado. Um revisor avaliou os critérios de elegibilidade e extraiu os dados. Foram identificadas 60 referências, mas após leitura de títulos e resumos foram selecionados 21 artigos e 2 teses, mas no final 17 publicações foram incluídas. Para a análise da dimensionalidade da escala, foram utilizados quatro bancos de dados de estudos brasileiros independentes usando a escala de SOC com 13. Amostra 1 foi realizado em uma amostra de 1760 mães e 1771 adolescentes em 36 cidades do Sul do Brasil. Amostra 2 compreendeu uma amostra de 1100 adultos de 20 anos de idade ou mais na cidade de São Leopoldo, sul do Brasil. Amostra 3 foi em uma amostra de 720 adultos e idosos em Porto Alegre, Brasil. Amostra 4 compreendeu 664 adolescentes estudantes da cidade de Goiânia, no Centro-Oeste do Brasil. Todos os quatro tinham desenho transversal e foram aprovados por diferentes Comitês de Ética em Pesquisa. Todas as análises psicométricas foram conduzidas com MPlus versão 7.11. Resultados: Resultado 1: Apenas um artigo realizou análise fatorial para escala SOC-29. Verificou-se que até o momento os estudos não consideraram etapas específicas para adaptação para cultura brasileira, apesar de apresentarem etapas metodológicas para validade de conteúdo e confiabilidade, consistência interna, 8 estudos (SOC-13) alfa de Cronbach variaram de 0,61 a 0,81 e 4 estudos (SOC-29) de 0,77 a 0,87 e os resultados foram satisfatórios. Um único estudo mostrou cargas fatoriais baixas para alguns itens para as análises dos componentes principais. Na AFC da amostra 1 os resultados mostraram que o ajuste total do modelo não foi aceitável (RMSEA.....;CFI=0.77; TLI=0.73;e WRMR=3.27) para o modelo de 1 fator e para 3 fatores (RMSEA=0.12; CFI=0.78; TLI=0.72; e WRMR=3.23). Nas amostras 2 e 3, a AFE mostrou dois eigenvalues maiores que 1 (4.39 e 1.67) e (4.72 e 1.60), respectivamente. Os itens SOC1 SOC2 e SOC3 formaram um fator não interpretável. Depois AFC foi realizada com a amostra 4, tirando os itens não interpretáveis, e o ajuste do modelo ficou aceitável. Conclusão: A avaliação das propriedades psicométricas da versão brasileira da escala de SOC mostrou que a escala precisa de ajustes. O modelo de 1 fator com 10 itens mostrou um bom ajuste estatístico, mas precisa ser revisado, por razões teóricas, se a remoção de itens afetou a validade de conteúdo da escala e se é capaz de medir todo o construto. Assim, estudos qualitativos podem ajudar a validade teórica do processo de adaptação transcultural. |