Espécies tropicais para manufatura de painéis compensados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Silva, Francisco Mota da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-131602/
Resumo: Neste trabalho estudou-se a viabilidade técnica para a produção de lâminas e compensados, com madeiras tropicais, avaliando-se o comportamento das espécies Ucuúba branca (Osteophloeum platyspermum Warb.), Cedrorana (Cedrelinga catenaeformis Ducke), Louro gamela (Nectandra rubra (Maz.) C. K. Allen), Breu vermelho (Protium puncticulatum Macbr.), Cardeiro (Scleronema micranthum Ducke), Guariúba (Clarisia racemosa R. et. Pay.), Piquiarana (Cariocar pallidum Aubl.), Cupiúba (Goupia glabra Aubl.), Faveira folha-fina (Piptadenia suaveolens Miq.) e Piquiá-marfim (Aspidosperma obscurinervium Azambuja), durante os processos de laminação, secagem e colagem. Nos ensaios foram utilizadas duas toras por espécie, sendo que cada tora foi retirada de uma árvore, num total de 20 árvores, procedentes do município Presidente Figueiredo, Estado do Amazonas. Foram testados uma regulagem para laminação, um programa de secagem e uma formulação de colagem e prensagem. Nas lâminas, mediu-se a rugosidade, a uniformidade de espessura, o número e profundidade das fendas de laminação, e a resistência a tração normal. O compensado foi avaliado pela resistência ao cisalhamento e porcentagem de falhas na madeira. Em relação ao processo de laminação verificou-se que as madeiras mais densas foram as que apresentaram maior rugosidade, maiores espessuras, menores números e maiores profundidades de fendas de laminação, e maior resistência a tração normal. Respectivamente os melhores resultados foram obtidos com as espécies Breu vermelho (Protium puncticulatum Macbr.), Cedrorana (Cedrelinga catenaeformis Ducke), Ucuúba branca (Osteophloeum platyspermum Warb.) e Faveira folha-fina (Piptadenia suoveolens Miq.). Na análise do compensado, as madeiras mais densas foram as que apresentam maior resistência ao cisalhamento e porcentagem de falhas na madeira, sendo os melhores resultados obtidos com as espécies Piquiá-marfim (Aspidosperma obscurinervium Azambuja), Faveira folha-fina (Piptadenia suaveolens Miq.), Cupiúba (Goupia glabra Aubl.), Guariúba (Clarisia racemosa R. et. Pay.) e Cedrorana (Cedrelinga catenaeformis Ducke). Pelas características das lâminas verificou-se que é possível utilizar todas as espécies na produção de compensados, sendo que a qualidade da lâmina irá definir o seu uso como miolo, intermediária ou capa, tanto para uso interno e externo. Conclui-se também que, para melhorar a qualidade das lâminas, é necessário ajustar a regulagem do tomo em função da espécie a ser lâminada.