Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Manso, Bruna Turaça da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09082024-092833/
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Resumo: |
Introdução: No início de 2020, a Organização das Nações Unidas reconheceu a pandemia de Covid-19, a qual provocou grande sobrecarga dos sistemas de saúde e milhões de mortes. O Brasil, reconhecido mundialmente pelo Sistema Único de Saúde, chegou a ser o epicentro desta pandemia e experimentou dificuldades de acesso antes impensáveis, principalmente para portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabete Mellitus. Objetivo: Analisar o acesso aos serviços de saúde de pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabete Mellitus durante a pandemia de Covid-19 no município de Uberaba-MG. Métodos: Estudo exploratório com abordagem qualitativa. Foram entrevistados trabalhadores de três equipes de saúde da família e pessoas portadoras de Hipertensão e Diabete Mellitus residentes na área de abrangência dessas equipes. Dados relativos à caracterização sociodemográfica foram analisados por estatística descritiva e as falas das entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo de Bardin. Projeto aprovado por Comitê Nacional de Ética em Pesquisa, CAAE: 64198222.4.0000.5393. Resultados: Participaram 68 pessoas, 33 usuários do sistema de saúde e 35 trabalhadores de saúde. Houve predominância do sexo feminino nos dois grupos. Na análise temática emergiram como temas as cinco dimensões do acesso: acessibilidade, disponibilidade, adequação funcional, capacidade financeira e aceitabilidade. Os principais dificultadores do acesso, antes da pandemia, foram a distância e a falta de vagas da atenção especializada, horários pré estabelecidos para agendamento e atendimento na Atenção Primária à Saúde, baixa literacia dos usuários e acolhimento inadequado pelos trabalhadores de saúde. Após a pandemia, outros dificultadores foram acrescentados, o medo da contaminação, estrutura física inadequada para o isolamento e falta de recursos humanos para adequada classificação de risco e atendimento à demanda espontânea. Considerações finais: A pandemia de Covid-19 expôs e agravou barreiras presentes em diversas dimensões do acesso à saúde. A instantaneidade do cuidado prevaleceu sobre o cuidado continuado, necessário em uma condição crônica. Hoje, a retomada do cuidado em saúde baseado nos atributos da Atenção Primária à Saúde é um desafio a ser enfrentado. |