Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Manso, Bruna Turaça da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-28012016-160247/
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Resumo: |
Um dos focos da saúde pública na atualidade são as doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus. Estas são frequentes na atenção básica e, principal público das equipes de saúde da família. O acompanhamento inadequado destas acarreta em prejuízos à saúde da pessoa e altos custos ao sistema de saúde. Diante da dificuldade das equipes da estratégia saúde da família ofertarem atenção integral a hipertensos e diabéticos, buscou-se compreender o fenômeno. Dentre os princípios do SUS, a integralidade norteou as discussões desta pesquisa, baseando-se nos sentidos propostos por Mattos (boa medicina, forma de organizar o sistema de saúde e políticas especiais). Este estudo objetivou identificar e analisar as ações realizadas pelas equipes de saúde da família para o acompanhamento e cuidado integral dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica e diabetes melittus tipo 2 em um município do interior do Estado de São Paulo. Bem como identificar os instrumentos utilizados, e as dificuldades enfrentadas pelas mesmas neste processo. Utilizou-se abordagem qualitativa, e a técnica grupo focal para coleta de dados, além de instrumento para caracterização dos sujeitos. Foram selecionadas três equipes, por meio da nota atribuída pelas mesmas na autoavaliação do PMAQ, com intuito de apreender dificuldades distintas. O material transcrito foi submetido à análise de conteúdo temática, da qual emergiram três grandes temas: concepções dos profissionais sobre o trabalho em saúde, ações e dificuldades para o acompanhamento e cuidado integral de hipertensos e diabéticos. As ações identificadas foram orientações, visitas domiciliares, consultas, considerar a família para propor o cuidado, intersetorialidade e construção de vínculo. A comparação entre estas e aquelas preconizadas pela Secretaria do Estado de São Paulo evidenciou lacunas na assistência prestada a esta população, sendo estas justificadas por dificuldades relativas à falta de recursos, processo de trabalho e resistências dos usuários. A equipe com a maior nota no AMAQ, embora esteja inserida na mesma realidade municipal, parece encarar as dificuldades com mais naturalidade, enquanto as outras evidenciam o problema e se paralisam. Esta, no entanto, possui três pontos importantes a seu favor, estrutura física adequada, ausência de interferência do modelo assistencial proposto pela UBS tradicional, maior escolaridade e formação mais adequada à estratégia saúde da família. A sistematização dos problemas obtida neste estudo beneficia o município, pois embasa plano de intervenções, com vistas a uma assistência à saúde integral e de qualidade a esta população. Para isso, propõe oficinas que visam ampliar a compreensão dos trabalhadores sobre o modelo assistencial proposto pela Saúde da Família, sensibilizando-os para as práticas integrais a hipertensos e diabéticos, consolidando assim a atenção básica como coordenadora do cuidado no SUS |