Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Paese, Márcia Carolina de Siqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-08032023-163557/
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Resumo: |
A presente pesquisa teve por objetivo analisar os efeitos da substituição do sal de cozinha por sal de ervas sobre os valores de pressão arterial e excreção de sódio urinário de pessoas com hipertensão arterial. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e delineamento quasi-experimental, tipo \"cross-over\", com amostra de hipertensos cadastrados em três unidades públicas de saúde de um município do estado de Mato Grosso. A coleta de dados foi realizada no período de maio de 2020 a maio de 2022. Por meio de entrevista, foi aplicado o questionário para identificação das variáveis sociodemográficas e o \"Questionário de Adesão a Medicamentos - Qualiaids\" (QAM-Q). Posteriormente, foi realizada a avaliação antropométrica e a medida casual da pressão arterial. A pesquisa foi dividida em três etapas: Etapa 1 - os participantes permaneceram em uso habitual do sal de cozinha, durante sete dias; Etapa 2 - os participantes fizeram uso exclusivo de cinco gramas de sal por dia, durante 10 dias; Etapa 3 - os participantes usaram exclusivamente o sal de ervas para o preparo das refeições, durante 10 dias. Em todas as etapas, foi realizada a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e a dosagem de sódio urinário. As análises descritivas foram realizadas por meio do pacote estatístico IBM Statistical Package for Social Science - SPSS®, versão 25.0. O teste ANOVA foi utilizado para comparações entre as médias pareadas. Os resultados foram expressos como valores médios, desvio padrão (dp), mínimo, máximo e mediana. Para diferença estatística foi considerado p<0,05. Participaram do estudo 24 indivíduos, com idade média de 63,2 ± 10 anos, a maioria mulheres (54,2%), que convivem com companheiro (70,8%), de cor da pele autodeclarada branca (54,2%), com média de 7,6 anos de estudo e aposentados (45,8%). Em relação às variáveis clínicas, houve predomínio de participantes com pressão arterial ótima (45,8%), na categoria sobrepeso (45,8%), com risco cardiovascular elevado segundo relação cintura-estatura (87,5%) e risco muito elevado de acordo com a medida da circunferência da cintura (54,1%); 62,5% se mostraram aderentes ao tratamento. Na comparação entre as três etapas, observou-se redução significante nos valores de Pressão Arterial Sistólica (p=0,003) e Pressão Arterial Diastólica (p=0,001), sem diferença nas variáveis consumo de sal (p=0,66) e excreção de sódio urinário (p=0,66). Ainda que o uso do sal de ervas seja uma estratégia não medicamentosa interessante e inovadora para o controle da pressão arterial, os participantes não aderiram de forma expressiva à intervenção proposta. De qualquer forma, salienta-se que a monitorização do consumo de sódio é primordial para a avaliação do uso do sal pela população, tendo em vista a implementação de medidas visando a redução da pressão arterial e a prevenção de eventos cardiovasculares. |