Adesão ao padrão alimentar DASH e associação com parâmetros pressóricos, antropométricos, metabólicos e da função renal em pacientes transplantados renais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Costa, Beatriz Dorneles Ferreira da
Orientador(a): Souza, Gabriela Corrêa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276571
Resumo: O transplante renal é o tratamento de escolha para o estágio G5 da doença renal crônica (isto é, quando ocorre falência renal), uma vez que promove aumento da sobrevida nesses pacientes. Contudo, há uma alta taxa de morbimortalidade por doenças cardiovasculares após o transplante, sendo que a hipertensão arterial sistêmica representa um dos principais fatores de risco para o aumento do risco cardiovascular nesse período. Atualmente, a dieta DASH é o principal tratamento nutricional para a hipertensão arterial na população em geral. Em pacientes transplantados renais, o único estudo que avaliou a dieta DASH até o momento observou uma redução no risco de morte com maior adesão a essa dieta após o primeiro ano do transplante. Contudo, nenhum estudo verificou a adesão à dieta DASH no momento pós-transplante inicial, período determinante para desfechos cardiovasculares e da função do enxerto. Em vista disso, o presente estudo objetivou avaliar a adesão à dieta DASH nos períodos pós-transplante inicial e tardio, bem como a associação da adesão à DASH com pressão arterial, função renal, composição corporal e marcadores metabólicos. Para tanto, foi realizado um estudo de coorte prospectiva que incluiu 93 pacientes após dois meses do transplante renal realizado no Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram coletados dados sociodemográficos, ingestão alimentar, exames laboratoriais, pressão arterial e composição corporal em dois momentos, sendo a coleta basal dois meses após o transplante e a coleta final realizada entre o primeiro e o quarto ano após a cirurgia. A função renal foi avaliada pela taxa de filtração glomerular estimada, enquanto a adesão à dieta DASH foi avaliada através de uma pontuação baseada no questionário de frequência alimentar. Os grupos foram divididos pela pontuação basal (mediana) de adesão à DASH (grupo de baixa adesão à DASH e grupo de alta adesão à DASH), uma vez que a adesão à dieta foi estável ao longo do tempo. Após ajuste para possíveis confundidores, os pacientes com maior adesão à DASH apresentaram maior média de taxa de filtração glomerular ao final do estudo. Além disso, diversos componentes da dieta DASH apresentaram correlação com pressão arterial e função renal na amostra estudada.