A competição entre os discursos e as artes na Historia de la conquista de México de Dom Antonio de Solís

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Freire, Deolinda de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-26052015-102123/
Resumo: A base do estudo empreendido nesta tese é a abordagem da Historia de la conquista de México de Dom Antonio de Solís a partir das preceptivas retóricas seiscentistas. Em nossa leitura, o discurso histórico seiscentista é fabricado pela arte. Narrar os feitos construídos como memoráveis é descrevê-los, portanto, retratá-los, ou seja, fazer com que o leitor possa vê-los. Nas edições da Historia de Solís enriquecidas com gravuras, as matérias lidas e vistas se desdobram em uma competição entre as artes, ou seja, entre a História e a Gravura. Nosso propósito é estudar a rivalidade imposta pela imagem como forma de superar a narração e as descrições empenhadas pelo cronista. Assim, as imagens imitam seu texto como forma de alcançar a emulação. Além da edição princeps da História, compõem o corpus da tese três edições enriquecidas com gravuras: a toscana, publicada em Florença em 1699; a castelhana, publicada em Bruxelas em 1704; e a inglesa, publicada em Londres em 1724. A obra de Solís, bem como suas reedições, é compreendida aqui como espaço de competição tanto das artes como dos discursos. A disputa discursiva é analisada na leitura dos textos oficiais que compõem a parte introdutória da edição princeps, os quais ajuízam o estilo, o decoro e a prudência dos preceitos empenhados pelo cronista, ou seja, aprovam e legitimam sua Historia. A concorrência entre os discursos e as artes busca alcançar os efeitos de docere (ensinar), delectare (agradar) e movere (persuadir). Assim, a competição provoca o prazer da maravilha, ensina e agrada aquele que lê as imagens podendo vê-las, logo, persuade de forma mais intensa e eficaz.