Educação de língua inglesa e novos letramentos: espaços de mudanças por meio dos ensinos técnicos e tecnológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ferraz, Daniel de Mello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-11122012-090909/
Resumo: Os ensinos técnicos e tecnológicos estão em pauta nas discussões e decisões governamentais. Esta pesquisa investiga o encontro entre a educação de língua inglesa e esses ensinos. Por meio de metodologias qualitativas de cunho etnográfico, analiso as visões de dois professores e de diversos alunos de duas escolas, uma escola técnica de nível médio e uma faculdade de tecnologia do ensino superior, pertencentes a um centro educacional tecnológico no Estado de São Paulo. Nesta, respondo a duas perguntas de pesquisa: qual é a percepção dos alunos e professores do segmento escolar técnico/tecnológico da presença da língua inglesa na sociedade? E qual é o reflexo da relação língua inglesa e sociedade neoliberal globalizada nos contextos de educação técnica/tecnológica, considerando-se a premissa da formação crítica na sociedade atual? Com base nas interpretações de dados, esta tese defende que as duas escolas investigadas têm realizado um trabalho educacional por meio das aulas de inglês que visa, concomitantemente, a formação tecnológica/instrumental, cidadã e crítica. A contribuição desta pesquisa é mostrar que esses contextos constituem espaços de mudança e que visam uma formação cidadã dos alunos, como indicado em suas diretrizes. Exponho este estudo em duas partes. A primeira parte apresenta uma introdução, na qual contextualizo o campo e as metodologias envolvidas na investigação sobre a língua inglesa, e as raízes teóricas desse estudo, embora a teorização se estenda ao longo dos capítulos, tecidos com dados, análise e reflexões. A segunda parte se constitui por cinco capítulos. Os sentidos construídos nesta parte se pautam em dados que me levaram a interpretações e compreensões sobre: as questões acerca do neoliberalismo que influencia os discursos sobre a língua inglesa, discutidas no primeiro capítulo; o ensino de língua inglesa e a educação na sociedade atual, ensino este analisado no contexto das relações globais-locais (glocais) e que é apresentado no segundo capítulo; a relação pedagogia convencional/tradicional e a pedagogia crítica analisada no ensino de língua inglesa no referido contexto de investigação, o que me permitiu reflexões e revisitas conceituais no terceiro capítulo; a adequação de uma proposta de formação crítica no contexto de educação técnica/tecnológica, numa análise que conta com as teorias dos novos letramentos e das novas tecnologias (NTICs) para a investigação da prática, compondo o quarto capítulo e da problematização da prática dessas teorias e respectivas perspectivas culturais no desenvolvimento de uma cidadania ativa, o que constitui o quinto capítulo. Ancorado nos movimentos educacionais contemporâneos, concluo afirmando que os novos letramentos, somados às práticas pedagógicas existentes nos ensinos técnicos/tecnológicos, podem colaborar com propostas educacionais renovadas.