Investigando concepções de língua e cultura no ensino de inglês na escola pública segundo as teorias de letramento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Marreiro, Samara de Cassia Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-27022013-130634/
Resumo: A presente pesquisa apresenta uma investigação sobre as concepções de língua e cultura decorrentes dos discursos e das práticas de ensino de duas professoras de inglês da escola pública regular de ensino formal. Os registros desta investigação são analisados sob uma perspectiva metodológica qualitativo-interpretativa de caráter etnográfico (GEERTZ, 1978; ANDRÉ, 2008) e servem como insumos para a reflexão e discussão sobre o tema segundo a perspectiva das teorias educacionais dos novos letramentos e multiletramentos. Tais discussões levam em conta as mudanças da sociedade atual (COPE; KALANTZIS, 2000), a influência da globalização (BAUMAN, 1998; HALL, 1992; SUÁREZ-OROZCO, M.M. & QIN-HILLIARD, 2004), mudanças epistemológicas (LANKSHEAR; KNOBEL, 2003; MORIN, 2000; MONTE MÓR 2002, 2008, 2009a), e a ênfase no caráter educacional, cultural e crítico do ensino de línguas estrangeiras na educação formal (OCEM-LE, 2006). Diante das análises decorrentes das observações de aulas, das entrevistas e conversas informais com as professoras, dos questionários respondidos pelos alunos e da análise de documentos, pudemos identificar concepções que evidenciam elementos atribuídos a noções ditas tradicionais de conceber língua e cultura, ou seja, a língua como um sistema abstrato estrutural com base, principalmente, na gramática ou como uma ferramenta de comunicação. Cultura, por sua vez, apresenta-se sob a concepção antropológica e humanista, como um aspecto geralmente dissociado da língua. Identificamos, ainda, que ambas as professoras conhecem e estudam abordagens de ensino de línguas estrangeiras que abarcam concepções de língua e linguagem com viés sociocultural, sem contudo, parecer transpor ou se apropriar de tais concepções de maneira que mudem suas práticas de ensino. Tais evidências, contudo, não surgiram de maneira linear e homogênea, uma vez que as práticas pedagógicas e narrativas das professoras mostraram-se descontínuas e conflituosas. Ambas as professoras mostraram-se bastante preocupadas e comprometidas com o trabalho que realizam e com a contínua busca por tornar suas práticas significativas.