Avaliação da conectividade efetiva cerebral da fluência verbal semântica por imagens de ressonância magnética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Arrigo, Isabella Velloso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-14122020-154742/
Resumo: A fluência verbal semântica (SVF) é a capacidade de gerar palavras de uma determinada categoria, e seu dano está presente em vários distúrbios neurológicos. Embora estudos de neuroimagem tenham relatado ativação consistente em áreas relacionadas a SVF distribuídas pelos córtices temporal, frontal e parietal, como essas regiões estão conectadas e seus papéis funcionais exatos na rede permanecem divergentes. Avaliamos a conectividade funcional estática e dinâmica (FC) e consideramos regiões associativas em vez de apenas as clássicas relacionadas à linguagem para a análise de conectividade efetiva (EC), usando imagens de ressonância magnética funcional. Avaliamos em caráter exploratório a variação devido ao gênero da localização funcional de regiões associadas à tarefa de SVF e o comportamento da conectividade funcional. No grupo todo de participantes, observamos ativação na porção anterior do giro frontal inferior (IFG, BA 47 e BA 45), que inclui a área de Broca, e na porção posterior do giro temporal médio (pMTG), incluindo a área de Wernicke. Além disso, o giro angular (AG), cingulado anterior (AC), o córtex insular (IC) e regiões dos giros frontais superior, médio e medial (SFG, MFG, MidFG) também foram ativados. Comparado ao grupo de mulheres, os homens apresentaram maior lateralização da ativação à esquerda. A análise de FC estática mostrou uma rede altamente interconectada para desempenho da tarefa e condição de repouso. Ao comparar as condições, observou-se aumento da conectividade entre o AC com o pMTG e o AG. Além disso, a análise da FC dinâmica forneceu diferentes circuitos com conexões moduladas de forma semelhante ao longo do tempo, envolvendo a identificação de categorias, compreensão da linguagem, seleção e recuperação de palavras, geração de palavras, inibição da fala e planejamento da fala. Observamos diferença significativa da FC entre os gêneros. Em comparação com as mulheres, os homens apresentaram aumento significativo na FC entre a região de Broca e regiões associativas. Por fim, a análise de EC forneceu uma rede que melhor explica nossos dados, partindo do AG, indo até o pMTG, a partir do qual há a divisão entre as vias ventral e dorsal. As regiões SFG e MFG foram conectadas e moduladas pelo MidFG, enquanto as regiões inferiores formaram a rota ventral. Portanto, em nosso estudo, a SVF incluiu áreas clássicas da linguagem e outras regiões do cérebro que eram necessárias em nosso contexto experimental, sugerindo que a rede SVF deve exigir sistemas cerebrais adicionais de acordo com as demandas da tarefa e pode apresentar diferenças significantes entre os gêneros. A abordagem usada pode ser útil para entender melhor não apenas a SVF, mas a linguagem em geral.