O casamento de D.Manuel I: D. Manuel, ser rei à ventura é ter a ventura de ser rei?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Waberski, Maria Lúcia de Amorim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-11112015-142605/
Resumo: O estudo da obra de Manuel Córrego (1932) é inédito nos meios acadêmicos. Seus romances, contos e peças teatrais dialogam amiúde com a literatura e com a história portuguesas. O objetivo desta dissertação é analisar a peça de sua autoria, O Casamento de D. Manuel I (2004), e estabelecer relações intertextuais com seus paradigmas ficcionais, ou seja, os romances históricos Crônica esquecida DEl Rei D. João II (1998), de Seomara da Veiga Ferreira e A Sala das Perguntas (1998), de Fernando Campos. Esta análise foi fundamentalmente baseada nos estudos de Flávia Maria Corradin em seu livro Antônio José da Silva, o Judeu: textos versus (con)textos (1998). A análise engloba também a relação entre a obra teatral estudada e o período histórico que a ela se refere, no caso, o reinado de D. Manuel I e a áurea época dos descobrimentos, quando Portugal se tornou potência ultramarina e vanguardista nas grandes navegações. A dissertação mostra a representação mental do monarca construída por alguns historiadores renomados e também pelo cronista oficial do rei, Damião de Góes, na Crônica do felicíssimo Rei D. Emmanuel, e os confronta com o perfil criado pelo dramaturgo para sua personagem. Damião de Góes também é importante personagem da peça e sua criação também é discutida no trabalho. Por meio da análise intertextual observa-se que tipo de relação existe entre a peça e seus paradigmas, bem como os elementos ficcionais e históricos que ajudaram o dramaturgo a compor sua trama e criar suas personagens, destacando em seu trabalho o tempo histórico e a realidade que deseja representar, mediante sua própria visão ideológica, o que resultou em sua premiada peça teatral.