Enunciações do luto: despossessão e partilha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferry, Júlia Akemi Takayama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-13012022-160920/
Resumo: A presente pesquisa procura analisar, através da psicanálise, o luto como forma de enunciação, tendo a disposição, enunciações presentes no espaço da cultura e da política. Privilegiou-se a enunciação como chave de compreensão do luto assumindo que a experiência da perda, ao demandar a elaboração de um dizer sobre a ausência, pode definir o luto como uma operação de busca e construção com as palavras. A conflitiva posição enunciativa do enlutado será analisada a partir da despossessão de si e partilha com os outros. Dessa forma, aproveitou-se das problemáticas existentes sobre o árduo processo de dizer a perda como recursos de análise sobre as possibilidades e limites que o luto impõe aos que o dizem, e portanto, o atravessam. Por meio das propostas do psicanalista Jean Allouch sobre o luto como gesto sacrificial e da filósofa Judith Butler, do luto como recurso do político, as enunciações do luto, atravessadas pelo singular e pelo coletivo, puderam ser sustentadas teoricamente. Na intenção de analisar psicanaliticamente as enunciações da perda como forma de realização do luto, essa pesquisa é também uma tentativa de enunciação que foi encontrada como possível