Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Maia, Kelvya Silveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-19022020-180328/
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Resumo: |
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na comunicação e interação social, associado a comportamentos e interesses restritos e repetitivos que se inicia em fase precoce do desenvolvimento infantil. Leo Kanner, em 1943, fez a primeira descrição clínica de autismo ao observar onze crianças que apresentavam limitações no relacionamento com as outras pessoas, desde o início da vida, e alterações no desenvolvimento da linguagem. O diagnóstico do TEA deve se apoiar nos critérios estabelecidos na literatura, na experiência clínica do profissional que lida com desenvolvimento infantil e da adolescência, no relato dos pais/cuidadores e nas escalas e questionários disponíveis para essa população. No entanto, no Brasil, há escassez de instrumentos que avaliem as fases da adolescência e vida adulta. O objetivo deste trabalho foi criar uma escala que contemple os comportamentos mais observados na população do sexo masculino com diagnóstico clínico de autismo. A escala foi criada a partir de questionários e inventários para avaliar o TEA em crianças, sendo estas, Escala de Avaliação do Autismo na Infância (CARS), Escala de Traços Autisticos (ATA), Inventário de Comportamentos Autisticos (ICA), Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) e o Questionário de Avaliação do Autismo (ASQ). Cinco juízes, especialistas nas áreas de psiquiatria e neuropsicologia e com experiência em infância e adolescência, participaram da análise semântica e de conteúdo das sentenças da escala. Das 150 perguntas foram selecionadas 61 questões e 16 itens de um total de 21. Desta análise correlacionou-se estatisticamente GC X TEA X DI em escore total e de 2 a 2, sendo GC X TEA, GC X DI e TEA X DI. A escala foi respondida pelos pais/responsáveis dos pacientes do ambulatório psiquiátrico do Hospital Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ), do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSI), da Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE), do Ambulatório de Atendimento em Saúde Mental e Associação de Reabilitação e Terapias (Artrevo). Foram analisados 90 sujeitos divididos em grupos de 30 pacientes autistas (TEA), 30 pacientes com deficiência intelectual (DI) e 30 pessoas do grupo controle (GC). Os resultados demonstraram alta eficácia em especificidade e sensibilidade para os grupos GCX TEA, GC X DI e TEA X DI podendo ser utilizado em sujeitos do sexo masculino com idade de 11 a 25 anos. Para comparação entre os grupos GC X TEA X DI aplicou-se o teste de Kruskall-Wallis com comparações múltiplas de Tukey fornecendo discriminações significativas entre as médias do GC comparada às dos TEAs e DIs. Desta forma, a escala de rastreio mostrou ser eficaz entre os grupos analisados, embora apresente limitações, sobretudo, quanto ao gênero no qual foi baseado o estudo para amostra clínica e grupos específicos. Pretende-se dar continuidade futura ao assunto |