Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Paula Brito |
Orientador(a): |
Acosta, Angelina Xavier |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54961
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: os erros inatos do metabolismo (EIM) resultam na deficiência na atividade de uma ou mais enzimas específicas ou no defeito de transporte de moléculas. Existem diferentes EIM descritos com incidência em conjunto estimada em 1:800 nascidos vivos. As apresentações clínicas possuem enorme variabilidade, podendo se manifestar em qualquer faixa etária e afetar diversos órgãos e tecidos, destacando aqui alterações neurológicas, como deficiência intelectual (DI) e transtorno do espectro autista (TEA). Para alguns EIM, existem terapias específicas e efetivas e em outros, apenas cuidados de suporte ou de prevenção da progressão da doença, sendo de fundamental importância investigar aqueles que cursam com DI e TEA e assim oferecer possibilidade de amenizar os danos ou evitar tais comprometimentos. Além disso, proporcionar aconselhamento genético adequado às famílias. OBJETIVO: investigar EIM em indivíduos com DI e/ou TEA sem etiologia definida. MATERIAIS E MÉTODOS: a partir de uma ampla revisão sistemática da literatura definiu se um fluxograma de testes laboratoriais metabólicos de triagem visando identificar os principais EIM associados mais frequentemente com DI e/ou TEA. Os pacientes foram provenientes de serviços de referência (Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgar Santos, Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Autismo da Escola Bahiana de Medicina), e do Município de Monte Santo-BA (local de ocorrência de várias doenças genéticas), dos quais se obteve dados clínicos e sociodemográficos, bem como amostras biológicas para investigação laboratorial. RESULTADOS: Dos 202 indivíduos selecionados, 151 para DI e 51 para TEA, a maioria foi do sexo masculino (63,8%), com idade média de 15,7 anos, taxa de consanguinidade de 20,3% e presença de história familiar em 34,6%. A consanguinidade parental e história familiar positiva dos casos de DI foi maior em Monte Santo do que nos Centros de Referência, local onde foi observado com mais frequencia a DI com comorbidades. O diagnóstico só foi possível definir, após aplicação do fluxograma de investigação, em apenas 3 casos com DI, todos apresentando fenilcetonúria (PKU) e provenientes de Monte Santo. CONCLUSÃO: DI e TEA são manifestações clínicas frequentes e inespecíficas de diversos EIM, necessitando de investigação com fluxogramas laboratoriais de triagem, para em seguida orientar estudos mais específicos. Esta estratégia foi útil no município de Monte Santo, por ser uma região de grande vulnerabilidade para doenças genéticas recessivas, permitindo diagnosticar três indivíduos com PKU. Porém, para os demais casos, a diversidade fenotipica e limitação da abordagem laboratorial comprometeram a eficiência diagnóstica. |