Estudo da utilização de antimicrobianos em infecções respiratórias agudas em crianças atendidas nas unidades de saúde de Maringá-PR: adesão e nível de informação na perspectiva do paciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Crozatti, Márcia Terezinha Lonardoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ARI
IRA
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-04092024-175730/
Resumo: O uso inadequado de medicamentos, especialmente de antimicrobianos, ocasiona riscos à saúde, desperdício de recursos e aumento da resistência bacteriana. Sendo as infecções respiratórias agudas (IRA) freqüentes na infância, objetivou-se caracterizar a utilização de antimicrobianos em crianças portadoras destas condições, avaliando o nível de inforn1ação, adesão às prescrições e fatores relacionados. Crianças de 0-14 atendidas nas unidades de saúde de Maringá-PR, foram identificadas consecutivamente na pós-consulta. Aquelas com IRA e prescrição de antimicrobianos foram visitados em seus domicílios para entrevista com os responsáveis. O nível de informação sobre antimicrobianos foi definido segundo categorias informações gerais e atuais. O estudo da adesão ao tratamento foi realizado pelo teste de Moriski-Green., taxa de adesão e grau de adequação de uso. As IRAs foram a causa do atendimento em 55,6% dos casos e destes 53,2% receberam antimicrobianos. A amoxicitina foi prescrita em 79,2% dos casos em doses de 12 até 78 mg/kg/dia. Menos de 30% dos entrevistados atingiu bom nível de informações nas categoria informações gerais ou atuais. A adesão ao tratamento, segundo o teste de Moriski-Green ocorreu em 25,0% da amostra. A determinação da taxa de adesão pelo número de doses administradas e quantidade do medicamento restante nas embalagens, demonstrou que 45,8% foram aderentes ao tratamento. Irregularidades ocorreram em 88,5% dos tratamentos de forma que, conforme pesos atribuídos, um bom grau de adequação de uso foi observado em 35% dos casos. Os fatores relacionados à adesão (p<0,05) foram idade menor que 5 anos, maior proporção de IRA/consultas realizadas no ano anterior, ter opinião formada sobre a razão para cumprir a prescrição, bom nível de informações atuais e bom grau de adequação de uso. Os resultados refletem a importância de medidas garantindo que informações precisas sobre antimicrobianos sejam repassadas, levando-se em conta a realidade da pessoa atendida de forma a melhorar a adesão e otimizar o processo de atenção à saúde.