Eqüidade como princípio norteador da identificação de necessidades relativas ao controle dos agravos respiratórios na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Chiesa, Anna Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-14042020-135313/
Resumo: Objetivo. A presente pesquisa centra-se na perspectiva de identificar as desigualdades sociais que se configuram em condições de risco para as doenças respiratórias na infância, presentes no território de abrangência de uma determinada Unidade Básica de Saúde, conhecer as necessidades sentidas pelas famílias residentes na referida área, relativas ao cuidado das crianças na vigência de agravos, bem como identificar as iniqüidades a partir da análise das necessidades e enfrentamentos propostos pelos diferentes grupos. Para tal, realizou-se um estudo analítico associando-se técnicas quanti-qualtitativas em duas etapas distintas. Método. A primeira etapa centrou-se na caracterização do território de abrangência do Centro de Saúde Escola Samuel B. Pessoa, delimitando-se os setores censitários componentes da área e utilizando-se indicadores compostos de inserção social e de qualidade dos domicílios para identificar as diferentes condições de exposição ambiental para as doenças respiratórias no território. A construção dos indicadores utilizou dados secundários fornecidos pelo IBGE, após tratamento estatístico, para a caracterização da população residente nos 49 setores censitários. Com isso, pôde-se identificar quatro grupos homogêneos em termos de potencial de exposição às condições de risco para doenças respiratórias. Numa segunda etapa, foram entrevistadas 64 familias residentes na área para conhecer as dificuldades relatadas pelas mesmas na vigência de agravos respiratórios nas crianças menores de cinco anos de idade e os enfrentamentos apontados para a diminuição dos referidos problemas. Resultados. Foram identificados quatro grupos homogêneos em termos de exposição às condições de risco no território estudado e diferentes necessidades que subsidiam ações de cunho intersetorial para a diminuição das mesmas. As iniqüidades constatadas relacionam-se à capacidade das familias de controlar o processo doentio e a superação se dá a partir de retormulações nos serviços de saúde, no atendimento das creches e na maior divulgação de mecanismos de controle da poluição do ar.