Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ciríaco, Thayanne Gabryelle Medeiros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-20122022-145449/
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Resumo: |
A pandemia da COVID-19 provocou intensas transformações em todo o mundo. Com o intuito de conter o espalhamento do vírus, diversas medidas não-farmacológicas (distanciamento social, isolamento, sistema remoto de ensino, teletrabalho) foram tomadas. As circunstâncias resultaram em mudanças radicais na vida das pessoas, inclusive na forma como se deslocam no meio urbano e/ou realizam suas atividades. O objetivo principal desta pesquisa é analisar o comportamento individual relativo a viagens em dois períodos distintos da pandemia da COVID-19 (setembro/outubro de 2020 e abril/maio 2021), a partir de dados em painel. Sendo a hipótese primária deste estudo a de que o comportamento individual relativo a viagens varia a depender do período ou evolução da pandemia da COVID-19. Para esta análise, nos dois períodos de estudo, foi aplicado um questionário socioeconômico online com o objetivo de caracterizar a amostra e realizada uma coleta passiva de dados de deslocamento via smartphone durante sete dias consecutivos. Um questionário complementar foi aplicado com objetivo de analisar a resiliência das atividades. A pesquisa foi realizada com indivíduos residentes na Região Metropolitana de Maceió (RMM - Alagoas). A hipótese secundária deste estudo é a de que existem grupos de indivíduos com características e comportamentos associados à maior propensão de realização de teleatividades em um cenário pós-pandêmico. Deseja-se verificar, principalmente, mudanças na frequência de realização de viagens e no modo de transporte utilizado, bem como adaptações para realização de atividades online e, consequentemente, a não realização de viagens, considerando os dois períodos analisados. A seleção dos períodos de coleta de dados foi baseada em mudanças nas medidas nãofarmacológicas. A análise de Cluster, utilizando o algoritmo k-médias, dividiu a amostra em três grupos de comportamento de viagens em ambos os períodos de estudo: Grupo A1/A2 (\"Viajantes pouco frequentes, com motivo trabalho ou compras e muito propensos à teletrabalho\"), Grupo B1/ B2 (\"Viajantes intermediários, com motivo trabalho ou compras e propensos à teletrabalho\") e Grupo C1/ C2 (\"Viajantes frequentes, com motivo trabalho ou compras de refeição e pouco propensos à teletrabalho\"). Os grupos B1/ B2 e C1/ C2 são formados predominantemente por indivíduos que exercem atividades menos passíveis de teletrabalho. Analisando os grupos, busca-se compreender as mudanças ocorridas durante os períodos estudados (setembro/outubro de 2020 e abril/maio de 2021) e quais são as expectativas para um cenário pós pandemia, associadas a cada grupo comportamental. Observou-se que \"Trabalhar\" permaneceu sendo o principal motivo de viagens durante a pandemia e que a possibilidade de trabalhar em regime de teletrabalho depende do tipo de atividade exercida. Fazendo uma escala de resiliência de atividades, considerando substituição de viagens por atividades remotas, observa-se que o Grupo A1/A2 foi o mais resiliente, seguido do Grupo B1/ B2 e C1/ C2, respectivamente. Para o cenário pós-pandêmico, também são os Grupos A1/A2 e B1/ B2 os mais passíveis de manter um engajamento tecnológico e continuar realizando outras atividades online como compras a supermercado e refeições, substituindo, no futuro, as viagens predominantemente físicas pelo uso de Tecnologias de Informação e Comunicação. |