Memórias de mulheres dos movimentos sociais da zona leste de São Paulo: histórias de resistência.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oliveira, Vera Aparecida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08112007-094707/
Resumo: O trabalho apresenta memórias, a partir de entrevistas que contam o processo de formação política de cinco mulheres com mais de 60 anos, que participam do movimento popular na Zona Leste do município de São Paulo, desde a década de 1970. São lideranças comunitárias que participaram na Igreja Católica, em pequenas comunidades designadas CEBs - Comunidades Eclesiais de Base. As memórias das mulheres são transcritas quase que literalmente, numa tentativa de apresentar ao leitor os nexos criados por elas entre educação e movimento popular, vida privada e atuação pública, sonhos e utopia, educadores e educação. Discute-se o lugar ocupado pelos movimentos populares e a Igreja Católica no processo de democratização do Brasil nas décadas de 1970 e 80. Em seguida, os fundamentos teóricos que permitem fazer da memória uma fonte histórica e uma forma de resistência, no sentido positivo da palavra, são apresentados. Num terceiro momento narra-se a história de cada uma das cinco mulheres, com o mínimo possível de interferências, com destaque para algumas lembranças que explicitam detalhes e \"nós\" dos processos formativos e de resistência apresentados. Conclui-se que o processo de decisões, contatos com pessoas, lugares, situações e sentimentos fazem desta participação nos movimentos populares espaço privilegiado de educação para uma vida alternativa àquela oferecida pela sociedade capitalista às mulheres migrantes e pobres, que chegam na periferia paulistana em meados do século XX.