Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Volpe, Daniele da Silva Jordan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-10012017-094159/
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Resumo: |
O traumatismo cranioencefálico é a principal causa de retardo de desenvolvimento neuropsicomotor adquirido na infância. O presente estudo tem por objetivo avaliar o desfecho neuropsicológico de longo prazo após TCE e sua associação com a gravidade do trauma, o tratamento instituído na Unidade de Terapia Intensiva e os achados tardios de ressonância magnética. Trata-se de estudo de coorte de todas as crianças e adolescentes vítimas de TCE, internadas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica da Unidade de Emergência do HC-FMRP no período de 1 janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2011, com idade entre 6 e 16 anos no momento da avaliação. A gravidade inicial do quadro foi avaliada pela análise dos prontuários; a avaliação neurológica pela Glasgow Outcome Scale (GOS), Extended Glasgow Outcome Scale (GOSe) e King\'s Outcome Scale for Childhood Head Injury (KOSCHI), a avaliação neuropsicológica pela escala Wechsler de Inteligência para Crianças 4ª edição (WISC IV) e, por fim, exame de ressonância magnética. Foram selecionadas 25 crianças, cuja idade variou de 1 a 12 anos (mediana = 6 anos) no momento do trauma, e de 6 a 15 anos no momento da avaliação (mediana = 12 anos). Segundo a 4 gravidade, 12 pacientes tiveram TCE Grave ( 48%), 4 TCE Moderado (16%) e 9 TCE Leve (36%). O tempo de internação no CTIP variou de 1 a 21 dias (mediana = 4 dias). As causas mais comuns de trauma foram atropelamentos (36%), quedas (16%) e acidentes com carro ou moto (24%). Os pacientes foram divididos em grupo Sequela (SE) e grupo Boa Recuperação (BR), segundo a avaliação neurológica. O grupo SE apresentou menores valores dos índices psicométricos (índice de Memória Operacional (IMO), índice de organização perceptual (IOP), índice de compreensão verbal (ICV) e índice de velocidade de processamento (IVP) e quociente de inteligência total (QIT)) avaliados pelo WISC IV. Não houve associação dos achados de TC de crânio com o desfecho neuropsicológico. Dentre os pacientes do grupo BR, 60% apresentaram exame de ressonância magnética dentro da normalidade ou com alterações mínimas enquanto no grupo SE, 90% dos pacientes apresentaram exames com alterações graves. As escalas de desfecho para avaliação neurológica pós TCE mostraram-se eficazes em detectar os pacientes com alteração cognitiva e RM alterada, sendo um bom método de screening no seguimento destes pacientes. |