Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Belchior Marcelo Pereira dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-12112019-095514/
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Resumo: |
A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência quantitativa e/ou qualitativa do fator de coagulação VIII ou IX. O tratamento é feito por meio da infusão intravenosa do fator de coagulação deficiente). Com a transição do tratamento, anteriormente realizado em regime hospitalar, para o domicílio, os pacientes com hemofilia (PCH) e/ou os pais/cuidadores passaram a ter grande responsabilidade na prestação de informações acerca da infusão do fator de coagulação. Essas informações são de extrema importância para o manejo clínico desses pacientes e o gerenciamento desse processo pela equipe multidisciplinar. Para o acompanhamento ideal da quantidade de concentrado de fator administrado é essencial que o paciente registre as informações referentes à cada infusão em um diário de infusão. Os registros dessas infusões fornecem informações como a quantidade de fator administrada, a periodicidade, a adesão ao tratamento proposto, o número de sangramentos no período, entre outras, que contribuem para a individualização e o estabelecimento do melhor esquema terapêutico para cada paciente. No presente trabalho, buscouse avaliar o uso de fatores pró-coagulantes pelos PCH em profilaxia, seguidos no Ambulatório de Coagulopatias da Fundação Hemocentro de Brasília, por meio do estabelecimento da relação entre a quantidade de fator dispensada (DD) e de fator prescrita (DP) e da implementação do diário de infusão, bem como elaborar critérios para o estabelecimento de um fluxo de comunicação entre os setores de dispensação e de cuidados clínicos dos PCH. Participaram da pesquisa 50 pacientes com hemofilia. Quarenta e um pacientes com Hemofilia A (PCHA) e 9 com hemofilia B (PCHB). De janeiro a dezembro de 2016 vinte e seis (52%) pacientes, sendo 19 com hemofilia A e 7 com hemofilia B, com uma mediana de idade de 24,86 anos, com variação de 6,57 a 69,33, tiveram a razão entre a DD/DP <0,7 (Grupo de baixo consumo). Os pacientes que buscaram/usaram a dose prescrita dentro da faixa de 0,7 e 1,3 (Grupo de consumo adequado) totalizaram 22 (44%), dos quais, 20 têm hemofilia A e 2, hemofilia B. Sendo 21 graves e 1 moderado com clínica de grave. A mediana de idade desses pacientes foi de 13,16 anos. E os pacientes que ficaram acima de 1,3 (Grupo de alto consumo) são apenas 2 (4% da população do estudo). Eles possuem mediana de idade igual a 6,25, um tinha 7,49 anos e outro 5,01 anos. O estudo contribuiu para a normatização do uso do diário de infusão e para a mudança da estratégia na política de dispensação de fatores pró-coagulantes para os PCH seguidos na Fundação Hemocentro de Brasília. Em função da facilidade de implantação, a determinação da razão DD/DP e o desencadeamento de ações a partir dela podem ser úteis para outros serviços de Hemofilia |