Navegar é preciso: avaliação de impactos do uso da internet na relação médico-paciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Wilma Madeira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-30102006-103313/
Resumo: Objetivos: verificar se indivíduos que acessam a Internet a utilizam para consultar informações sobre saúde e doenças; se o paciente, acessando a Internet muda sua atitude de paciente e se verifica mais ativo e mais participante do processo de decisão sobre sua saúde; e se, do ponto de vista do paciente, houve mudança na atitude do profissional médico frente ao maior uso da Internet por parte desse paciente. Metodologia: pesquisa com abordagem qualiquantitativa. A técnica empregada foi a do Discurso do Sujeito Coletivo – DSC, que possibilita a identificação e a construção de sujeitos e discursos coletivos distintos, por meio da análise de material individual e da extração das idéias centrais, compondo-se, com o conteúdo das idéias centrais semelhantes, discursos-síntese que expressam as representações sociais de uma coletividade. Para a coleta de dados foi publicado na Internet um questionário on-line que ficou disponível por três meses. Resultados: A maioria dos entrevistados acessa a Internet com freqüência de pelo menos uma vez por semana, a utiliza para consultar informações sobre saúde e doenças, informações relacionadas a casos vivenciados por eles ou por aqueles que os afetam diretamente (familiares) e, após alguma consulta médica, para verificar, entender ou complementar as informações oferecidas por seus médicos. Parte significativa dos entrevistados considera que as informações acessadas na Internet sobre saúde e doenças são úteis, utiliza tais informações para conversar com seus médicos em consultas posteriores e demonstra mudança de atitude, para uma postura mais participativa no processo de decisão sobre sua saúde. Conclusão: identificou-se uma diversidade de discursos coletivos distintos que, analisados e organizados em tipos e escalas, auxiliam na compreensão de questões tais como o tipo de participação do paciente durante a consulta médica, o grau de autonomia do paciente, os tipos de interação entre médico e paciente e os tipos de reações produzidas pelos profissionais médicos durante tal processo.