Ativismo liberal-conservador no Brasil pós-2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nascimento, Ellen Elsie Silva do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MBL
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-02022023-165724/
Resumo: O quadro do ativismo político no Brasil contemporâneo conta com a participação dinâmica e expressiva de grupos liberal-conservadores. Esta tese é dedicada a estudar esse campo, tendo, para isso, selecionado aquele que consideramos seu principal representante: o Movimento Brasil Livre (MBL). O trabalho é baseado em métodos de pesquisa qualitativa e se apoia nos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria do Confronto Político. Em diálogo com a recente literatura sobre o fenômeno, argumentamos que o ressurgimento do ativismo liberal-conservador foi impulsionado pelo ciclo de protestos iniciado em Junho de 2013 e contribuiu para reconfigurar o quadro e os significados do ativismo no presente. Sob influência de ideólogos conservadores, o grupo renovou as performances habituais da interação na \"política do confronto\" e conquistou uma notoriedade que contribuiu para certificá-lo como ator político. No mesmo sentido, a concorrência entre pares e o esforço por protagonizar o movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff foi responsável pela consolidação do MBL e concorreu para o recrudescimento do próprio movimento. A trajetória do grupo também corrobora a tendencial ascendência da lógica do ativismo institucional no seio do que a literatura especializada chamou de \"movement parties\". Diante do dinamismo inerente do processo político e da recomposição do cenário de forças, o MBL precisou reposicionar-se no campo a fim de assegurar sua sobrevivência e viabilizar candidaturas eleitorais. Mas as guinadas estratégicas também provocaram defecções de apoiadores e uma consequente reorientação tática, embora não menos consistente com uma agenda conservadora.