Duas raízes: o ensaísmo de Sérgio Buarque de Holanda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, Monica Isabel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-09062017-115851/
Resumo: Esta dissertação procura discutir as origens e os possíveis significados das duas edições de Raízes do Brasil, ensaio de Sérgio Buarque de Holanda. As alterações produzidas no texto de 1936, para a edição posterior de 1948, não foram suficientemente aquilatadas, o que tem ocasionado alguma lacuna no pensamento social brasileiro e a naturalização, entre seus especialistas, dessas transformações. Considerando que Sérgio Buarque de Holanda, como os demais escritores relevantes para o pensamento social brasileiro do período, competiam pela imposição da sua representação de Brasil, a origem da motivação primeira, e de maior relevância, que teria levado o ensaísta a alterar o texto de Raízes do Brasil para a segunda edição, parece corresponder à atitude de um agente interagindo num campo de forças em meio a lutas e disputas por prestígio e reconhecimento no seu campo específico. Sendo assim, para identificar e compreender as estratégias postas em ação por Sérgio Buarque de Holanda, esta pesquisa recompôs a trajetória social e intelectual do ensaísta para recuperar os pontos de vista e interesses que, determinados pela posição que ocupava no mundo social, plasmaram o discernimento que está na origem de Raízes do Brasil. Conhecidas as redes de sociabilidade e profissionais que envolveram Sérgio Buarque até a segunda edição de Raízes do Brasil, foram também investigados os dois períodos de recepção crítica do livro, tanto em 1936, como em 1948. Por fim, procedeu-se à confrontação entre as duas edições de modo a articular as principais alterações com a trajetória pregressa de seu autor.