A música instrumento: o Padre Antônio Sepp, S.J., e as práticas musicais nas reduções jesuíticas (1691-1733)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lara, Lucas Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-15122015-141101/
Resumo: Durante mais de cento e cinquenta anos os missionários jesuítas conviveram, no território da Província Jesuítica do Paraguai, com os índios Guaranis, Guayanás, Mbayás, Chiquitos entre outros. Cientes da multiplicidade de forças em jogo, os padres da Companhia de Jesus buscaram expandir seu poder de influência e atuação por meio da conversão e, posteriormente, da redução dos índios paraguaios. Neste contexto, os jesuítas precisaram se utilizar de uma gramática civilizatória de amplitude não restrita à cultura europeia. Se, por um lado, os elementos de sua contribuição clerical-pastoral eram, por óbvio, europeus, era necessário encontrar ou mesmo desenvolver uma linguagem em comum, uma sintaxe que permitisse a constituição de uma gramática simbólico-religiosa compartilhada. Para o Pe. Antônio Sepp S.J. (1655-1733), fundador da missão de São João Batista e atuante em diversas outras, tratou-se principalmente da música. Este missionário inaciano, mas também os músicos indígenas formados por ele, são os sujeitos deste trabalho. Em um ambiente de profundas transformações, marca das reduções jesuíticas, a prática musical garantiu papel de destaque a estes atores sociais, que acabaram compondo um grupo diferenciado graças, principalmente, às suas habilidades técnicas.