Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ramires Neto, Luiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25062021-115900/
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Resumo: |
Sob o prisma da discussão dos limites e possibilidades da formação superior a distância, a presente pesquisa teve por objetivo analisar as trajetórias de escolarização de estudantes de Pedagogia em Educação a Distância de Pedagogia em um curso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) , mapeando as potenciais diferenças que impactam diretamente (1) o caminho entre o ensino básico e o ensino superior; (2) a percepção do campo educacional como discentes e como futuros profissionais do mesmo; e (3) a relação dos sujeitos deste estudo com a experiência universitária e a vida profissional que já têm ou almejam. Para tanto, se discute o papel do contexto familiar das e dos jovens entrevistados e a operacionalização de capitais específicos, tanto os herdados da família quanto os adquiridos na universidade, no caminho entre a infância e o mundo do trabalho. Como referencial conceitual, recorreu-se à teoria praxiológica de Pierre Bourdieu, com destaque para a noção de capital cultural, em diálogo com outros autores nacionais (Setton, Catani, Nogueira, Brandão, Almeida) e estrangeiros (Lahire, Wacquant, Dubet. Com este intuito, discutir-se-á o papel da trajetória familiar dos jovens entrevistados e a operacionalização de capitais específicos (tanto os prévios quanto os adquiridos durante o ensino superior) no caminho entre a infância e o mundo do trabalho. O ponto de partida foi traçar um breve panorama da educação superior, da licenciatura em Pedagogia e do estado atual da educação a distância. A coleta de material empírico envolveu o levantamento de dados junto ao INEP (Censo da Educação Superior 2017), contatos iniciais com gestores da universidade em questão, observação de inspiração etnográfica do Ambiente Virtual de Aprendizagem de uma das disciplinas do 3o ano do curso, um questionário enviado por e-mail aos alunos e alunas matriculados nesta disciplina naquele momento e entrevistas abertas e semiestruturadas com cinco destes estudantes de Pedagogia, sendo três do sexo feminino e dois do sexo masculino, com idades entre 28 e 43 anos, de diversas localidades do Estado de São Paulo. A análise constatou que a EAD pode ser, de fato, uma política pública capaz de ampliar a democratização da educação no Brasil e, que, ademais, sob determinadas condições, é capaz de transmitir capital cultural a ser apropriado de maneira eficiente e eficaz por estudantes desta modalidade a distância, conduzindo a posições profissionais às quais não chegariam por outras vias. Questões referentes à contemporaneidade como o uso intensivo da tecnologia e seus efeitos individuais e sociais também foram levantadas. |