Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Roberta Almeida Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-03122024-160018/
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Resumo: |
A mandioca é uma importante fonte de carboidrato e com a globalização os seus substratos têm sido utilizados tanto na indústria alimentícia, quanto na indústria farmacêutica em todo o mundo. A alergia a mandioca tem sua prevalência desconhecida, mas sua homologia com látex já foi demonstrada em relatos da literatura. O tratamento de imunoterapia oral (ITO) com alimento é uma estratégia que devemos considerar, uma vez que a alergia à mandioca comprometa a qualidade de vida do paciente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta clínica a um protocolo original de ITO para mandioca, em pacientes alérgicos à mandioca e ao látex, além de conhecer o perfil de segurança e as possíveis mudanças na resposta imunológica quanto a alergia à mandioca e ao látex. Quatorze pacientes com alergia à mandioca foram triados, nove preencheram os critérios de inclusão e, destes, cinco foram submetidos ao protocolo de ITO com mandioca. Na fase de indução a taxa de sucesso alcançada foi de 100%, uma vez que os cinco pacientes alcançaram a dose alvo de 100g de mandioca cozida. Nesta fase as reações tiveram sintomas leves como: prurido leve em orofaringe e tosse sem broncoespasmo, todos responderam ao anti-histamínico oral, e a adrenalina não foi necessária. Na fase de manutenção três pacientes mantiveram o consumo diário de 100g e dois pacientes necessitaram reduzir a dose para 10g de mandioca cozida, um por dor abdominal e outro por dificuldade no acesso a mandioca, reduzindo a taxa de sucesso para 80%. Os testes cutâneos de leitura imediata (TCLI) com extrato de mandioca titulado apresentaram uma redução do tamanho das pápulas ao final dos 6 meses da fase de manutenção. Os cofatores associados às reações, em ambas as fases, foram a privação de sono e infecções virais. Quanto ao látex, um paciente apresentou queda significativa nos valores das IgEs específicas séricas da ITO e após 6 meses da fase de manutenção, já a IgG4 específica para o látex não variou. O use test com luvas de látex foi realizado em quatro pacientes após 6 meses da fase de manutenção resultando, três negativos e um com diminuição da reatividade clínica. Como um dos pacientes teve exposição ao látex em procedimentos médico-odontológicos nos sugere a possibilidade de codessensibilização. Os resultados obtidos indicam que o protocolo se mostrou eficaz e seguro em ambas as fases, com alta taxa de sucesso |