Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Donadelli, Renan Antunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-05012015-111908/
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Resumo: |
Alguns peixes carnívoros, como o salmão e a truta, são produzidos mundialmente com rações nutricionalmente completas contendo elevados níveis de farinha e óleo de peixe em função da excelente qualidade nutricional destes ingredientes. A estagnação dos estoques pesqueiros e a demanda crescente por estes ingredientes fazem com que o custo com alimentação de peixes carnívoros seja cada vez mais elevado. Nutricionistas vêm então buscando substituir a farinha e o óleo de peixe nas dietas comerciais, sem prejudicar o desempenho dos peixes confinados. O dourado, Salminus brasiliensis, é um Characiforme ictiófago neotropical de grande porte que apresenta um grande potencial para a aquicultura: excelente qualidade de carne e boa aceitação do mercado consumidor, refletidos em elevado valor comercial, sendo ainda procurado para a pesca esportiva. Entretanto, os estudos sobre o uso da espécie em piscicultura comercial são ainda rudimentares. Os objetivos deste estudo foram avaliar o desempenho do dourado alimentado com dietas contendo a farinha de vísceras em substituição à farinha de peixe e determinar o nível máximo de substituição da farinha de peixes que permitisse a maximização do lucro. O experimento foi realizado em um sistema de recirculação de água com controle de temperatura (26,78 ± 2,21 ºC), oxigênio dissolvido (6,44 ± 1,03 mg L-1), pH (7,40 ± 0,28) e amônia total (<= 0,25 mg L-1). Juvenis de dourado (12,00 ± 0,58 g) foram distribuídos em 24 caixas de polietileno de 300 L (12 peixes por caixa) em um delineamento inteiramente casualizado (n=4), aclimatados às condições de criação e dietas por 10 dias, submetidos a jejum de 24 horas, pesados, medidos e então alimentados em duas refeições diárias por 66 dias com rações extrudadas, nutricionalmente completas (40% de proteína digestível e 4020 kcal kg-1 de energia digestível), com níveis crescentes de farinha de vísceras de aves (0, 20, 40, 60, 80, 100%) em substituição à fonte dietética de proteína, a farinha de peixe. Ao final do período experimental foi feita a biometria para cálculo das seguintes variáveis de desempenho: peso médio final, ganho de peso médio, taxa de crescimento específico, consumo de ração, taxa alimentar, sobrevivência, índice de conversão alimentar, taxa de eficiência proteica, valor produtivo da proteína, eficiência de retenção de energia e maximização do lucro. Embora as variáveis estudadas não apresentassem diferenças significativas (P>0,05), foi observada a presença de dados influentes ou atípicos, que viciaram os resultados da regressão. Para diminuir a influência destes dados na curva da regressão, foi adotado o método da regressão robusta. A análise de maximização do lucro determinou que o nível ótimo de substituição de farinha de peixe por farinha de vísceras de aves foi de 33,29 %. |