Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Jerino Queiroz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75135/tde-08012016-113748/
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Resumo: |
Durante as duas últimas décadas a discussão a respeito do papel da argumentação no ensino de ciências vem se destacando em vários países. No Brasil são ainda escassos os estudos dedicados à temática, especialmente com relação ao ensino de química. Vários pesquisadores afirmam que a sua prática pode favorecer a compreensão de conceitos científicos, o desenvolvimento do pensamento crítico e o entendimento sobre a natureza da ciência pelos alunos. No presente trabalho investigamos aspectos relacionados à elaboração e aplicação de oficinas de formação sobre a argumentação, tendo em vista o entendimento das suas contribuições na preparação e implementação, por parte dos licenciandos, de projetos de regência que fomentem a sua manifestação no ensino básico de química. Procuramos também analisar as características de argumentos produzidos pelos licenciandos na busca de explicações para a ocorrência de um fenômeno natural e identificar se valorizam a argumentação na prática pedagógica. Lançamos mão do Modelo de Argumentação de Sampson e Blanchard para analisar as características dos argumentos produzidos pelos licenciandos durante o processo de formação e verificamos que estes, em sua maioria, não apresentam todos os elementos esperados em uma argumentação científica, de acordo com o referido Modelo. Para avaliarmos em que medida os licenciandos valorizam a argumentação como uma alternativa para melhorar o ensino e a aprendizagem de ciências nos pautamos na análise dos projetos de regência elaborados e de entrevistas semiestruturadas realizadas ao final do processo. As estratégias e objetivos adotados na elaboração dos projetos se mostraram alinhados com aqueles enfatizados nas oficinas de formação e os depoimentos prestados revelaram indícios de valorização da argumentação por parte dos licenciandos. Analisamos ainda as regências com a finalidade de investigar a forma como os licenciandos se apropriam do discurso argumentativo e realizam ações pró-argumentação, assim como a possível influência do processo de formação na adoção de tal postura. Nas regências dos licenciandos identificamos ações desencadeadoras de processos argumentativos, como posicionar-se na construção dos argumentos e justificar com evidências. Estas ações sugerem a influência e as contribuições das oficinas no planejamento e execução das regências, uma vez que nas oficinas os licenciandos participaram de atividades cujos objetivos residiam, principalmente, no oferecimento de estratégias de ensino promotoras da argumentação e na caracterização da argumentação e distinção entre os diferentes componentes que constituem um argumento. Os resultados indicaram a relevância do processo de formação e proporcionaram subsídios para a análise e reflexão sobre o potencial da argumentação na prática educativa em química. |