Acidentes com transportes hidroviários e os extremos meteorológicos no nordeste da Amazônia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11013 |
Resumo: | Este estudo analisou os acidentes com transportes hidroviários de passageiros e cargas no período de 2008 a 2013, em consequência dos extremos meteorológicos ocorridos no nordeste da Amazônia, geralmente com consequências graves a estrutura das embarcações e principalmente a perda de vida humana. Baseado em dados da Capitânia dos Portos da Amazônia Oriental, referente aos inquéritos sobre acidentes e fatos da navegação, pode-se caracterizar em que período esses acidentes mais ocorrem assim como a distribuição desses acidentes no tempo e no espaço, através de subáreas denominadas 1, 2 e 3, onde são classificados os acidentes mais comuns na subárea 1 do tipo naufrágio onde a bacia do Marajó se localiza com características de rios mais larga, na subárea 2 e 3 do tipo abalroamento onde as características morfológicas dos rios são mais estreitas, assim, além desses resultados obteve-se em relação a precipitação no período chuvoso (dezembro a maio) como sendo a maior responsável pelos acidentes ocorridos neste período que sofre forte influência de sistemas precipitantes como a Zona de Convergência Intertropical, Sistemas Convectivos de Mesoescala, Linhas de Instabilidade e Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis e, no período menos chuvoso (junho a dezembro) o vento é tido como principal variável que ocasiona acidentes no modal hidroviário, principalmente por ocasião da intensificação dos ventos alísios de nordeste, que encontram uma atmosfera livre de instabilidade, os acidentes tendem a ocorrer com maior frequência no horário das 12 às 24 horas. Deste modo, com a climatologia da precipitação com dados do Instituto Nacional de Meteorologia, pode- se mostrar através da climatologia da precipitação da área de estudos, diminuição do quantitativo das subáreas mais adentro do continente. O vento no período menos chuvoso age com maior intensidade na subárea 1, o maior número de vítimas se concentra em crianças e adultos, sendo em sua maioria com homens. Foi apresentado ainda uma abordagem dos aspectos socioeconômicos baseados nos riscos inerentes as embarcações, com cascos de aço naval e madeira. Este último representa a realidade da Amazôniapor possuir estrutura de mais fácil colapso e que acaba por vitimar o maior número de pessoas. Assim sendo, potencial ameaça a segurança da navegação de cargas e passageiros que leva em consideração particularidades socioeconômicas. Embora as embarcações com maior número de acidentes tenham sido os empurradores de balsas, construídos em aço naval. Neste sentido, o auxílio primordial da previsão do tempo na navegação pode reduzir o número de acidentes com embarcações hidroviárias, pois o desconhecimento das condições atmosféricas por parte daqueles que pilotam as embarcações é notoriamente precárias, em razão desse desconhecimento as chances de acidentes são elevadas, influenciando os aspectos socioeconômicos dos passageiros e proprietários das embarcações que navegam os rios pertencentes a baía do Marajó, rio Tocantins, rio Pará e rio Amazonas, que foram as hidrovias estudas neste trabalho de dissertação. |