Influência de fatores sócio–culturais no nível alimentar de famílias rurais do munícipio de Piracicaba, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1970
Autor(a) principal: Wiendl, Maria de Lourdes T. Buccinelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143216/
Resumo: O presente estudo realizou-se no município de Piracicaba, referindo-se aos proprietários rurais residentes. O primeiro objetivo foi determinar se variações verificadas no sistema econômico já repercutiram nos padrões alimentares. O segundo foi determinar a influência de alguns fatôres sócio-culturais no nível alimentar dos proprietários rurais residentes. A amostra foi estratificada com base na variância mínima da área da propriedade e consta de 90 proprietários. A coleta de dados foi realizada de julho a setembro de 1969. Utilizaram-se dois formulários, um referente ao chefe de família e o outro à dona de casa. A entrevista com a dona de casa incluía perguntas relativas ao consumo de alimentos em dias anteriores à entrevista. Os alimentos foram pesados. O pêso dos alimentos crus foi transformado em nutrientes e os membros da família em homens-referência. O nível alimentar foi considerado como composto pelo consumo médio em separado de, calorias por homem-referência, proteína total por homem-referência, proteína animal por homem-referência, carbohidrato "per capita", gordura "per capita" e índice de consumo de hortaliças e legumes e de frutas. Afim de se atingir o primeiro objetivo empregou-se o teste de correlação de Spearman, e para o segundo objetivo utilizaram-se equações de regressão lineares múltiplas. Verificou-se não haver, dentro dos estratos, associação entre grau de especialização da emprêsa agrícola e nível alimentar. Concluiu-se que as mudanças no sistema de produção não se refletiram no relacionamento dos homens entre si, dentro de cada estrato. Não sendo possível tirar conclusões para a população. Pelo teste de X2 utilizado para testar a hipótese de não variação do nível alimentar entre os estratos, rejeitou-se essa hipótese, ao nível de 10% de probabilidade, para o consumo médio de proteína animal e total e para o índice de consumo de hortaliças e legumes. Constatou-se porém, que a presença de hóspedes altera qualitativamente a alimentação e as funções de consumo utilizadas referem-se apenas aos proprietários que não receberam hóspedes nos dias considerados na entrevista. As variáveis utilizadas nos diversos modelos específicos que explicam variações no consumo dentro do 1º estrato, são: renda bruta, mobilidade espacial da dona de casa, nacionalidade, educação alimentar da dona de casa, escolaridade da dona de casa, número de menores e número total de pessoas na família. Dessas variáveis, apenas "renda bruta" foi estatisticamente não significativa em nenhum dos casos considerados.