Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1971 |
Autor(a) principal: |
Zanlorenzi, Guido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-154203/
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Resumo: |
Esta pesquisa representa um esforço no sentido de estudar as principais características sócio-econômicas dos agricultores de Campestre, Município de Piracicaba, Estado de São Paulo. A área da influência exercida pelas instituições de Campestre forma uma área sociológica, a qual foi delimitada pela técnica de Galpin. Para essa delimitação foi considerada toda a população que, em 1969, tivesse relacionamento com, pelo menos uma, das instituições de Campestre, como por exemplo: Igreja, Centro Rural, Escola, Campo de Esporte, Armazém, etc. Foi utilizado um único tipo de formulário para entrevistar cada família residente nessa área, as quais somaram 220, distribuídas em 3.245 hectares de terra, divididos em 93 propriedades rurais. As 220 famílias continham 1.356 pessoas. Dessas famílias, 119 eram de proprietários, representando 54% do total. Outras 41 eram famílias de parceiros e/ou arrendatários, representando, por sua vez, 19%; e, finalmente, 60 famílias de assalariados perfazendo 27% do total das 220 famílias. Pelo fato de haver na área, 119 proprietários em 93 propriedades, percebe-se que haveria propriedades obrigando (cada uma) duas ou mais famílias, cujo chefe era proprietário. Este fato foi notado na área sociológica de Campestre, não apenas em propriedades pequenas. Foi notado em todos os tamanhos de propriedades da área. Das cinco maiores propriedades de Campestre, apenas uma era de um único dono. As outras quatro tinham diversos donos, sendo que uma delas pertencia a quatro irmãos sócios. Cada um desses proprietários tinha sua família constituída e sua residência à parte. Se houvesse concentração de famílias proprietárias apenas em propriedades pequenas, poder-se-ia pensar no problema da pulverização da propriedade agrícola. No que se refere à alfabetização, havia em 1969, no contingente dos chefes de família de Campestre, 10% de analfabetos, enquanto que na população toda, a partir da idade escolar, o índice de analfabetismo era de 8%. Em virtude de acharem-se, em Campestre, os menores trabalhando em compania de seus pais e familiares, nota-se que a alfabetização vinha sendo bastante valorizada. A população humana de Campestre com idade abaixo de seis anos, era em 1969, de 15%. As famílias de assalariados eram mais numerosas, habitando as grandes propriedades, o que conferia a Campestre uma distribuição homogênea das residências na área. Os objetivos eram estudar uma série de características sócio-economicas dos empresários rurais de Campestre para verificar quais seriam as associadas à maior ou menor produtividade da lavoura principal que vinha sendo cultivada na área, isto e, a cana-de-açúcar. Verificou-se que dos 160 empresários de Campestre 9/* havia 90% deles trabalhando na cultura da cana-de-açúcar, o que perfaz o total de 144. Então, resolveu-se relacionar determinadas características sócio-economicas da população de Campestre com a produtividade da cana-de-açúcar. Além dos 10% de empresários, que não cultivam cana-de-açúcar, ficaram fora deste relacionamento os assalariados, que nenhuma influência teriam nesta parte do estudo, uma vez que não têm poder de decisão na empresa em que trabalham. Assim, analisaram-se estatisticamente, por meio do teste do X2, doze características sócio-economicas dos agricultores, relacionando-as com a produtividade da cana-de-açúcar. As características que nessa análise se revelaram estatisticamente não significativas com relação à produtividade da cana-de-açúcar dos empresários de Campestre, foram as seguintes: (a) consumo de fertilizantes químicos; (b) área ocupada da empresa rural; (c) acesso aos programas do rádio; (d) tipo de família (nuclear ou extensa); (e) tamanho da família; (f) nacionalidade de origem; e (g) participação social. E as características dos empresários de Campestre que na mesma análise estatística se revelaram associadas significativamente à produtividade da cana-de-açúcar, foram as seguintes; (a) diversificação agrícola em Campestre, cujos resultados do teste do X2 foram significativos ao nível de 0,1%; (b) formas de posse e uso da terra em Campestre, onde os resultados do mesmo teste mostraram significância também ao nível de 0,1%; (c) nível de tecnologia agrícola em uso na área de Campestre, cujos resultados estatísticos se mostraram significativos ao nível de 1%; (d) acesso aos programas de televisão por parte dos empresários de Campestre, onde os resultados da mesma análise estatística resultaram significativos ao nível de 5%; e, (e) acesso à leitura por parte dos empresários de Campestre. Neste caso, a análise estatística com a aplicação do mesmo teste, mostrou significância também ao nível de 5%. *9/ 119 proprietários mais 41 parceiros e/ou arrendatários. |