Mineralogia autigênica em sedimentos quaternários da bacia de Santos: evidências de emanações de metano no Oceano Atlântico Sudoeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dantas, Rafaela Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44137/tde-01122021-132215/
Resumo: Uma associação mineralógica autigênica formada por pirita e gipsita foi encontrada em sedimentos marinhos em um testemunho coletado no talude continental da Bacia de Santos, Margem Continental Brasileira. Os cristais de pirita ocorrem principalmente como concreções tubulares formadas por agregados de framboides e os cristais de gipsita ocorrem majoritariamente como rosetas. A ocorrência conjunta desses minerais denota um ambiente marinho pobre em oxigênio que é típico de ambientes de emanações de gases, como o metano. Medidas de susceptibilidade magnética e de concentrações de elementos traço em amostra total também caracterizaram as condições de deposição e identificaram processos diagenéticos e condições redox do sistema. Nesta região do Oceano Atlântico, um campo de pockmarks com liberação de metano durante o Último Máximo Glacial (UMG) já havia sido reconhecido. As condições para a formação desses minerais, bem como a sua morfologia, indicam os efeitos de processos biogeoquímicos consistentes com ambientes de emanação de gases. Dessa forma, estes dados podem fornecer novas evidências sobre a ocorrência de uma atividade de gás metano no passado desta região.