Oóides de bertierina-chamosita e fases associadas nos depósitos siluro-devonianos da Bacia do Parnaíba, NE Brasil : implicações para evolução paleoambiental no norte de Gondwana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Schirmbeck, Matheus Moreira
Orientador(a): Rodrigues, Amanda Goulart
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273773
Resumo: Os depósitos Siluro-Devonianos da Bacia do Parnaíba contêm ironstones e sedimentos ricos em matéria orgânica que coincidem globalmente com condições de efeito estufa, aumento no intemperismo, redução na circulação oceânica e deposição de folhelhos negros. Essa sucessão fornece informações sobre a evolução da margem do mar epeirico ao norte do Gondwana. Este estudo tem como objetivo contribuir para a compreensão das inter-relações entre os processos deposicionais e diagenéticos rasos das unidades Siluro-Devonianas da Bacia do Parnaíba, especificamente em relação à gênese de minerais de ferro que compõem os ironstones ooidais das formações Itaim e Pimenteiras. A Formação Jaicós (Siluriano) foi formada por um sistema de rios entrelaçados com contextos deposicionais que mostram condições de fluxo e de descarga distintas, e uma eodiagênese marcada por infiltração de argila e autigênese de de agregados vermiculares e booklets de caulinita. A mesodiagênese incipiente é indicada pela ilitização parcial da caulinita, crescimentos descontínuos de quartzo, e clorita. As formações Itaim e Pimenteiras (Devoniano) são compostas por heterolitos bioturbados, arenitos ooidais, conglomerados intraclásticos e folhelhos, depositados em uma plataforma deltaica a nerítica, dominada por tempestades. Os oóides de bertierina formaram-se por precipitação direta ou através da transformação precoce de argilas precursoras, sob baixas taxas de sedimentação siliciclástica e condições transgressivas, alternando com períodos de retrabalhamento por correntes de tempestade. Siderita microcristalina eodiagenética formou-se na fronteira redox entre zonas óxicas/bioturbadas e anóxicas. Processos de bioturbação geraram a concentração dos oóides de bertierina sob baixas taxas de sedimentação.