Nippongo - relatos do cotidiano e da língua nikkei num livro didático de japonês do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nagumo, Simone Fernandes Felippe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-13032018-104036/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi o de apresentar e analisar os livros de 1 a 4 da série didática Nippongo, o primeiro livro de ensino da língua japonesa produzido no Brasil após a segunda guerra mundial, cuja idealização e elaboração teve um grande envolvimento da comunidade de imigrantes japoneses radicados no país. Projeto concebido após a derrota do Japão na guerra, quando os planos e sonhos dos imigrantes japoneses de retornar à sua terra natal foram destruídos e decide-se pela fixação no Brasil, o livro didático Nippongo reflete esse período de mudanças na vida dos japoneses e seus descendentes, os nikkei. Todo esse peso da história que o livro carrega foram discutidos em diversos textos acadêmicos e não acadêmicos. Este trabalho vai se limitar ao livro didático em si e aos livros de 1 a 4. A apresentação do Nippongo que pretendemos fazer neste espaço visou revelar o material ao olhar do presente, não para discutir sua adequação e eficiência pedagógica, ou não, mas para enxergar nele os reflexos do cotidiano dos nipônicos e, principalmente, da língua japonesa aqui usada e aquela a ser ensinada , em sua relação com o ensino do idioma no contexto particular do período compreendido entre meados dos anos de 1950 e meados de 1960. Definimos pela análise somente dos primeiros quatro livros da série devido à intençao explicitada, dos autores, de incorporar relatos do cotidiano dos estudantes crianças e jovens nikkei , muitas vezes narrados com a voz de uma criança. E também devido à inserção de palavras portuguesas, adaptadas à fonética japonesa e grafadas em fonossílabos katakana. Embora interessante do ponto de vista linguístico, essas palavras, que são uma característica de um japonês do Brasil o qual será designado koronia go posteriormente foram introduzidos apenas para tornar os textos familiares aos estudantes nikkei e seriam substituídas por equivalentes do japonês original.