Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ischida, Camila Aya |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-08022011-094359/
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Resumo: |
Comemorado o centenário da imigração japonesa no Brasil, no ano de 2008, em que termos é possível pensar a identidade nikkei? Na conjuntura social atual, esses descendentes são antes de tudo pessoas que mesmo possuindo um ancestral comum e a marca fisionômica peculiar, carregam experiências diversas no convívio e no embate com a alteridade. Não obstante assumir esse pressuposto, a hipótese que norteia a pesquisa é a de que um imaginário que associa os japoneses e seus descendentes a um ethos ligado à honestidade e ao esforço no trabalho e nos estudos foi sendo gradualmente forjado ao longo do tempo. O objetivo da pesquisa é investigar os processos de identificação de sujeitos nikkeis com esse imaginário, em outras palavras, buscar entender como identidades se constroem por meio da ressignificação do mesmo. O trabalho de campo foi orientado por entrevistas com descendentes de japoneses, moradores das cidades de São Paulo-SP, Maringá-PR e Astorga-PR, de diferentes perfis no que diz respeito à faixa etária, gênero, classes sociais e gerações. Metodologicamente não esteve pautado na busca por uma amostragem representativa da comunidade nikkei no Brasil, mas ancorado em explorar diferentes pontos de vista, biografias e narrativas. Em meio à multiplicidade das trajetórias, que elementos costuram as histórias e reflexões dos atores? Para além da esfera imaginário-discursiva, o trabalho de campo revelou também que discursos identitários podem ser modulados a partir do agenciamento de um repertório de valores, símbolos e códigos que os nikkeis atribuem e que são atribuídos à cultura japonesa. Raça e colônia/comunidade japonesas também foram categorias acionadas pelos interlocutores e uma breve incursão nessa questão foi realizada. A partir da perspectiva etnográfica, o objetivo consiste em mostrar como esse conjunto de valores, imagens, representações, estereótipos é conferido e auto-conferido ao nikkei e como é tematizado e vivenciado pelos sujeitos dessa pesquisa. |