Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Avelar, Keila Priscila dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-14062023-134931/
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Resumo: |
Estudos mostram que as redes sociais têm sido utilizadas como fontes de informações sobre alimentação e nutrição, e que as informações encontradas, geralmente, são padrões alimentares restritivos, vinculadas a produtos milagrosos e a corpos tidos como ideais de beleza. Essas associações podem gerar alterações no comportamento alimentar e na imagem corporal. Assim, o objetivo desta pesquisa foi associar a busca por informações sobre alimentação e nutrição a aspectos relacionados à imagem corporal e ao comportamento alimentar em adultos. Participaram da pesquisa 518 indivíduos de ambos os sexos com idade entre 18 e 50 anos, que assentiram ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os participantes responderam cinco questionários (Sociodemográfico; Questionário de Atitudes Socioculturais em Relação a Aparência - SATAQ-4; Questionário Multidimensional sobre as Relações com o Próprio Corpo - Escalas de Aparência - MBSRQ-AS; Inventário de Esquemas sobre a Aparência - ASI e Escala de Atitudes Alimentares Transtornadas - EAAT). A coleta de dados foi on-line, o link de acesso ao formulário foi compartilhado por e-mail e redes sociais. Os dados foram analisados por meio do software SPSS, versão 25.0. Foram feitas análises descritivas, uma ANOVA de duas vias, considerando o valor de alfa 0,05 e uma análise de equações estruturais. Ao responderem se buscam ou não informações sobre alimentação e nutrição, a maioria dos participantes buscavam tais informações, sendo as principais fontes sites de busca como Google®. Em relação aos testes de efeito entre os sujeitos, houve efeito de sexo na internalização de magreza [F (1,10) = 9,30; p < 0,002], em que mulheres internalizam mais este padrão, e da muscularidade [F (1,45) = 43,74; p < 0,000], em que homens internalizam mais este padrão. Houve efeito também de sexo na pressão midiática [F (1,45) = 27,35; p < 0,000], em que mulheres se sentem mais pressionadas para se encaixarem no padrão corporal vigente. Já na intensidade com que as crenças sobre a aparência influenciam a vida social e pessoal, houve efeito de sexo [F (1,22) = 19,62; p < 0,000], em que mulheres creem mais que a aparência é um fator importante. Houve também efeito de busca por informações sobre nutrição na preocupação com ganho de peso [F (1,322) = 25,10; p < 0,000], em que os participantes que buscam tais informações se preocupam mais com ganho de peso. A análise de caminhos demonstrou uma correlação positiva entre busca por informações sobre alimentação e nutrição, importância dada à aparência e IMC; entre pressão midiática e tempo de uso das redes sociais; e satisfação com a aparência e idade. Encontrou-se também uma correlação negativa entre satisfação com a aparência e busca por informações sobre alimentação e nutrição. Assim, conclui-se que a busca por informações sobre alimentação e nutrição na internet pode afetar o comportamento alimentar e a imagem corporal. |