Pneumonite de hipersensibilidade fibrótica: avaliação de fatores preditores de mortalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Arimura, Fábio Eiji
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-26042022-163512/
Resumo: INTRODUÇÃO: A Pneumonite de Hipersensibilidade (PH) é uma síndrome complexa, de apresentação clínica e história variável, causada por exposição a partículas orgânicas ou químicas, em indivíduos susceptíveis geneticamente. Até recentemente, não havia consenso para o diagnóstico da PH, e suas implicações ainda carecem de estudos. OBJETIVOS: Avaliar fatores preditores e o impacto da confiança diagnóstica na mortalidade de pacientes com PH fibrótica. MÉTODOS: Realizamos um estudo de coorte retrospectiva dos pacientes com diagnóstico de PH fibrótica, com primeira consulta entre 2010 e 2018, avaliando suas caraterísticas clínicas, funcionais, laboratoriais e de sobrevivência. RESULTADOS PRINCIPAIS: Foram incluídos 138 pacientes com critério de acordo com o consenso da ATS. A idade ao diagnóstico foi de 58,15 anos, (14,4 anos), tempo de seguimento de 4 a 120 meses, sendo a média de 71,43 meses (45,36 meses), com mortalidade, durante o seguimento, de 80 (57,9%) pacientes. Os pacientes que foram à óbito eram mais velhos ao diagnóstico (61,2313,42 anos vs 53,9114,8 anos, p=0,003), com mais sintomas de dispneia (100% vs 89,6%, p<0,001), maior MRC (2,410,96 vs 1,961,13, p=0,02) e com maior perda funcional nos primeiros meses de seguimento. A presença de Hipertensão Pulmonar (HP) foi maior no grupo que faleceu (43,7% vs 22,4%, p=0,018), mas o reconhecimento da presença de exposição, assim como a sua remediação não foi fator relevante. O uso de imunossupressores como os corticosteroides foi fator discernidor (96,3% vs 72,4%, p<0,001), assim como a Azatioprina (60% vs 36,2%, p=0,006). Em relação à classificação por confiança diagnostica, pelo critério da ATS, o grupo de confianca Moderado teve maior mortalidade, quando comparado ao Definitivo e Alta. (67,5% vs 51,2% vs 39,1%, p=0,013). CONCLUSÃO: A confiança diagnóstica tem impacto na mortalidade de pacientes com PH fibrótica, demonstrando que a menor confiança, apresenta pior prognóstico se comparado aos outros grupos. A doença mais grave, maior idade, pior MRC, assim como maior perda funcional inicial e presença de HP, também são fatores de pior prognóstico nesses pacientes