Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Quimbayo Cardona, Miguel Angel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-11032013-165828/
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Resumo: |
O Pará é o estado Amazônico mais visado pela atividade madeireira. Possui a maior gama de serrarias da Amazônia, e produze mais de 50% da madeira em tora do Brasil. A zona Leste do Estado é a responsável por 45% da produção de madeira em tora. Nessa zona se localiza o município de Paragominas, onde o 56% da população urbana depende diretamente da indústria madeireira para sua subsistência. Esta região faz parte da chamada área de endemismo Belém, cuja perda de floresta nativa é de 67,48% devido ao desmatamento. Historicamente as explorações madeireiras foram desenvolvidas com técnicas convencionais, que produzem danos tanto na floresta quanto no solo, e com impactos diretos sobre a fauna que depende da floresta. Na última década estabeleceram-se uma série de diretrizes técnicas para promover o manejo florestal em florestas de terra firme da Amazônia Brasileira, recomendadas pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC) para todas as operações de exploração em florestas nativas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do manejo florestal, incluída a exploração de impacto reduzido, em áreas exploradas em diferentes temporadas (1997, 2000, 2003, 2006 e 2009) e uma área não explorada sob a comunidade de aves, comparando a riqueza, abundância de espécies e de grupos funcionais e outros grupos ecológicos vulneráveis a distúrbios naturais e antrópicos. As aves foram usadas neste estudo devido à sua importância nos processos ecológicos da floresta como polinização, e dispersão e predação de sementes. As amostragens de campo foram feitas na temporada de seca (outubro de 2010) e chuva (abril de 2011) mediante observação direta por pontos fixos em seis transectos de 1 km de distância, com pontos marcados a cada 200 m, e distância de 150 m entre transectos, para um total de 36 pontos por área de manejo florestal. A análise das informações coletadas em campo mostra que: a) registraram-se 235 espécies entre as áreas de manejo florestal; b) existem diferenças significativas de riqueza de espécies entre a as áreas de manejo florestal e entre as temporadas de amostragem; c) a área de manejo florestal com maior riqueza de espécies e abundância de grupos funcionais foi a área explorada em 2000, contraste evidenciado com a área não explorada que teve a menor riqueza e abundâncias de grupos funcionais; d) As espécies do interior da floresta, espécies que requerem de cavidades de árvores para ninho e os grupos funcionais insetívoros (seguidores de formigas), insetívoros de sub-bosque e nectarívoros-insetívoros de sub-bosque foram os grupos cológicos mais afetados pelo manejo florestal, especialmente na área não explorada que teve atividades de pré-exploração e a área explorada em 2003 que foi afetada por distúrbios naturais antes da amostragem de campo; e) os grupos que se viram afetados pelas atividades de manejo florestal podem e devem ser usados como indicadores em programas de monitoramento durante as etapas de manejo florestal, principalmente as etapas de pré-exploração, exploração e pós-exploração, na área de manejo florestal Rio Capim. |