Mapeamento das restrições operacionais e ambientais numa área de Floresta Amazônica por meio do escaneamento laser aerotransportado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Cristiano Rodrigues
Orientador(a): Gorgens, Eric Bastos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br/items/515778fb-baea-42e1-93fd-c5e12add1331
Resumo: Como defendido na exploração de impacto reduzido, o planejamento é fundamental para o manejo sustentável de florestas tropicais. Novas tecnologias, como o LiDAR, têm permitido a construção de mapas e obtenção de estimativas que auxiliam tanto no planejamento quanto nas etapas de exploração e monitoramento do impacto. Com o intuito de reunir os diversos produtos do escaneamento laser aerotransportado (ALS) dispersos na literatura e úteis no manejo florestal, o objetivo deste trabalho foi apresentar uma sequência metodológica para determinar e monitorar as restrições ambientais e operacionais em uma área sob manejo na Amazônia. A área de estudo encontra-se na fazenda Cauaxi, município de Paragominas, estado do Pará. Foram sobrevoados 1214 hectares de Floresta Amazônica submetidas a manejo de impacto reduzido. Foram gerados os modelos digitais de terreno (MDT), hidrológicos e topográficos. A vegetação foi mapeada por meio dos modelos de densidade relativa (MDR), de biomassa, de localização de árvores dominantes e codominantes, de clareiras e gerado o mapa da infraestrutura existente. Por fim, a estrutura vertical da floresta foi analisada pela descrição do perfil vertical do dossel. A resolução do MDT foi de 1 metro e foi possível observar a variação da elevação local e os divisores de água. A densidade de drenagem foi de 1,7 km/km² e as áreas de preservação permanente (APP) de cursos d’água e nascentes somaram 137,7 ha. Mapas pouco utilizados como os de microbacias e distâncias vertical e horizontal poderiam ser considerados na divisão da área em unidades de produção anual e na delimitação de APP, respectivamente. A declividade variou de 0 a 30°, não apresentando APP por declividade, característica de um relevo predominantemente suave ondulado. As áreas com restrição ao trator skidder não ultrapassaram 1 km² e, as restritas aos caminhões carregados somaram 1,9 km². A densidade de estradas na área foi de 23,42 m.ha-1 e o número de pátios por hectare foi de 0,04. A área total impactada pela abertura de estradas, trilhas e pátios foi de 30,77 hectares, correspondendo à 2,54% da área total. Foi possível observar menores valores de biomassa nas unidades de produção anual já exploradas. O mesmo ocorreu entre os valores de porcentagem de clareiras. O valor de biomassa médio, considerando pixels de 50 m², foi de 35,5 kg. Os menores valores dos parâmetros de forma e escala da função Weibull para o sub-bosque mostraram relação com as áreas impactadas pela abertura de infraestrutura, sendo uma alternativa ao MDR no monitoramento do impacto. Já o parâmetro de escala para o estrato da copa teve relação com o modelo de máximo dossel, indicando a localização das árvores emergentes. Foi possível mapear de maneira precisa as áreas com restrições ambientais e operacionais a partir do ALS, bem como, obter outros produtos interessantes para o manejo florestal. Este trabalho apresentou um roteiro metodológico para a inserção do ALS no planejamento de todas as etapas do manejo florestal.