Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Grazielly Carolyne Fabbro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243512
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Resumo: |
Introdução: Intervenções fonoaudiológicas baseadas em abordagens fonológicas são altamente eficazes para crianças com Transtorno Fonológico (TF), pois propõem o trabalho com habilidades de percepção e produção de fala, que estão — de alguma forma — relacionadas. Estudos sobre a natureza desta relação trazem ainda resultados pouco conclusivos, visto desempenhos distintos que crianças com TF manifestam nessas habilidades. Contudo, deve ser considerada nessa análise, como também no processo terapêutico, outros níveis perceptuais, como a percepção da própria fala da criança. Objetivo: Comparar e correlacionar a acurácia dos desempenhos em percepção da fala do terapeuta (percepção no outro), percepção da própria fala da criança (percepção em si) e produção de fala em crianças com TF no processo de intervenção fonoaudiológica. Método: Selecionadas 16 crianças com TF, apresentantes do processo de substituição de líquidas (/ɾ/ → [l] ou /l/ → [ɾ]) e inclusas em um programa de intervenção — aplicado pelas autoras do estudo — composto por dezesseis sessões que envolveram etapas de: 1) pré-terapia; 2) percepção no outro; 3) percepção em si; 4) produção de fala; 5) e pós-terapia. Considerando os desempenhos percentuais registrados pelas terapeutas presencialmente nas etapas de percepção no outro e percepção em si; e os desempenhos percentuais das produções de palavras-alvo (isto é, palavras trabalhadas em terapia) e produção de palavras-sondagem (isto é, palavras não trabalhadas em terapia) extraídas de gravações, julgadas por três juízes, a análise estatística inferencial consistiu em teste ANOVA de medidas repetidas, post-hoc de Tukey e teste não-paramétrico de correlação de Spearman (α<0,05). Resultados: Os resultados evidenciaram que os desempenhos nas habilidades perceptuais (no outro e em si), quando comparados aos desempenhos na habilidade de produção de fala se mostraram diferentes para todas as crianças, mas, apesar desta diferenciação, foi possível encontrarmos uma correlação entre percepção no outro e produção de palavras-alvo, bem como uma correlação entre percepção em si e produção de palavras-alvo e palavras-sondagem, indicando assim que o bom desempenho da criança na etapa de percepção no outro eleva seu desempenho na produção de palavras trabalhadas em terapia, enquanto o bom desempenho da criança na etapa de percepção em si, consegue elevar tanto o seu desempenho na produção de palavras trabalhadas quanto não-trabalhadas em terapia, enfatizando assim, a “percepção em si” como uma habilidade complexa e valiosa, capaz de gerar impactos importantes para a generalização em terapia. Conclusão: É de extrema importância o trabalho das habilidades de percepção de fala nas intervenções em crianças com TF, principalmente a habilidade de percepção em si que deve ser valorizada na elaboração de planos terapêuticos. |