Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Garcia, José Ricardo Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-29072010-094634/
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Resumo: |
Este trabalho versa sobre uma reflexão acerca de algumas questões atuais que envolvem o sujeito contemporâneo a partir de uma compreensão histórica e psicanalítica, enfatizando a experiência corpórea, de sua relação com a pele e com o adoecimento. Nosso propósito foi o de investigar as implicações contemporâneas na constituição da subjetividade diante do processo de adoecimento dermatológico. Utilizamos o método clínico-qualitativo de pesquisa apoiado na teoria psicanalítica para a análise dos dados. Foram analisados os discursos de 3 pacientes, em tratamento dermatológico ambulatorial de um hospital, em que utilizamos a entrevista semidirigida para a apreensão do discurso do paciente e, posteriormente, foram realizadas a análise do conteúdo temático e latente com o objetivo de compreender o significado simbólico apresentado sujeito doente diante do adoecimento. Chama-nos a atenção, em especial, a experiência cotidiana do sujeito na sua convivência com a doença. O narcisismo, enquanto conceito psicanalítico, apresentou um recurso fundamental para compreender o sofrimento do sujeito diante das demandas psíquicas versadas sob a perspectiva do ideal de eu. A pele, entendida enquanto limite e continência do eu, mostra uma importante interface entre o eu e o outro. Com a falência dos ideais sociais, passa a existir um primado dos ideais narcísicos e da corpolatria. Os modelos de beleza produzidos na cultura são tomados como ideais e determinam padrões estéticos que são incorporados pelo sujeito. Consequentemente, a doença e, em especial, no nosso estudo, a dermatose traz um sofrimento ampliado ao paciente dermatológico por esse distar do ideal de beleza e sedução contemporâneo, fazendo com que ele passe a conviver com o sentimento de diferente e de excluído. O adoecimento, enquanto característica própria da condição humana, é vivido como interdição das demandas por satisfação, e se ocupa do papel de frustrar o sujeito no seu projeto de felicidade e busca da perfeição narcísica |