Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Morgana |
Orientador(a): |
De Conti, Luciane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263477
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Resumo: |
A morte ainda é um assunto tabu na nossa sociedade e com efeito, o processo de morrer é acompanhado por medos, dores, afastamentos e silêncios. Em contrapartida, esse período também pode ser de grandes transformações e de potência, uma vez que cada acontecimento em nossas vidas abre espaço para um processo de reorganização narcísica. A proximidade da morte anunciada pode ser um desses momentos, pois ela traz consigo a possibilidade de ocupar um novo espaço e de ver a vida por outra perspectiva, a partir de um outro tempo. Tempo esse em que o outro pode ter um papel fundamental em nossas vidas. Com base nisso, esse estudo buscou compreender, a partir do referencial psicanalítico, os desdobramentos narcísicos em pacientes acometidos por um adoecimento crônico e em cuidados paliativos. Seria esse um momento de reorganização narcísica? Para dar vida à dissertação e encontrar indícios singulares desse novo tempo e desses encontros, resgatei meus registros do diário de campo acerca da minha vivência com pacientes em cuidados paliativos, me apoiei no livro de Anna Penido e Gilberto Dimenstein Os últimos melhores dias da minha vida e procurei, na sabedoria das poesias de Rubem Alves, uma forma mais leve, mas não menos intensa, de falar sobre a morte e o morrer. A leitura flutuante desse material permitiu encontrar fragmentos discursivos de uma possível reorganização narcísica de sujeitos com adoecimento crônico diante da morte iminente. A leitura apontou também que o próprio processo de morrer pode ser um momento de ação e de vida, em que os investimentos libidinais se dão de maneira complexa e paradoxal. E, se há vida pulsando, há possibilidade de investimentos no outro. Esse outro que foi tão primordial no início da vida, pode ser ainda mais fundamental no processo de morrer. O início e o fim da vida guardam semelhanças singulares e, o que percebemos com maior veemência nesse caminho foi a potência do encontro com o outro. |