Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sallas, Mayara Luciana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-31032022-160453/
|
Resumo: |
A etiologia do câncer do colo do útero, assim como a de uma grande maioria de tumores da região anogenital e alguns cânceres de cabeça e pescoço, está associada à infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV). O desequilíbrio do sistema redox celular, caracterizado pela alteração dos níveis de espécies oxidantes e da atividade do sistema antioxidante das células infectadas, é um fator que está diretamente relacionado ao desenvolvimento do câncer do colo do útero, juntamente com outras alterações induzidas por esse vírus. Nesse sentido, a enzima antioxidante SOD2 (Superóxido Dismutase 2), possui um papel fundamental nesse processo. Essa proteína é capaz de prevenir os danos causados por essas espécies reativas às biomoléculas celulares, como DNA, proteínas, carboidratos e lipídeos, uma vez que catalisa a reação de dismutação dos radicais superóxido em peróxido de hidrogênio e oxigênio molecular para detoxificação celular. Estudos anteriores do grupo revelaram que o aumento da expressão da proteína SOD2 está diretamente relacionado com a gravidade das lesões do colo uterino e mais ainda nos cânceres invasores desta região anatômica. Portanto, este estudo teve como objetivo determinar o papel de SOD2 na patogênese associada ao HPV em linhagens celulares derivadas de câncer da cérvice uterina. Para isso, a expressão de SOD2 foi suprimida utilizando-se as técnicas shRNA e CRISPR/Cas9 em HeLa e ativada com o sistema CRISPR/Cas9, enquanto SiHa teve essa enzima silenciada apenas com a abordagem shRNA. Em seguida, essas células foram submetidas à avaliação funcional, incluindo os ensaios de crescimento, viabilidade, migração, invasão, formação de colônias e angiogênese. As análises revelaram que o silenciamento de SOD2 resultou na redução da capacidade de crescimento, viabilidade, migração, invasão e potencial clonogênico de HeLa, e na diminuição apenas do crescimento e migração de SiHa. Interessantemente, a ativação de SOD2 em HeLa culminou no mesmo fenótipo encontrado no silenciamento. Dessa forma, com base nesses resultados, pode-se sugerir que embora a enzima SOD2 pareça desempenhar um papel importante na carcinogênese do colo do útero mediada pelo HPV, essa função é dependente do contexto da célula e provavelmente do microambiente tumoral, já que o silenciamento e ativação dessa enzima revelaram características semelhantes. Assim, análises adicionais são necessárias para uma melhor compreensão dos múltiplos papéis de SOD2 no contexto tumoral, sobretudo do câncer do colo do útero |