Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Thais Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-09022011-162444/
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Resumo: |
Linfomas são as neoplasias hematopoiéticas mais comumente relatadas em cães, podendo ocorrer em qualquer idade. A etiologia ainda é desconhecida, porém se aceita que seja multifatorial. São classificadas de acordo com sua localização anatômica, estadio clínico da Organização Mundial de Saúde (OMS), critérios cito-histológicos e imunofenotípicos. A anemia é a anormalidade hematológica mais observada em pacientes com câncer e manifesta-se em cerca dois terços dos cães com linfoma. Os radicais livres de oxigênio produzidos pelas células tumorais aumentam o estresse oxidativo, sendo este demonstrado por mudanças na atividade das enzimas antioxidantes, podendo ocorrer oxidação de proteínas de DNA, aumento da peroxidação de lipídeos e alterações da fragilidade osmótica eritrocitária, acarretando a diminuição da meia vida das hemácias e, sendo essa diminuição um dos fatores que pode levar à anemia nos casos de linfoma. A superoxido dismutase (SOD) é uma enzima antioxidante que catalisa a dismutação do radical superóxido em oxigênio e peróxido de hidrogênio, protegendo as células dos danos induzidos por estes radicais livres. O objetivo deste estudo foi determinar as concentrações eritrocitárias de superóxido dismutase, além de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (MDA), o estado antioxidante total (TAS) e a fragilidade osmótica eritrocitária, em cães hígidos e com linfoma multicêntrico com e sem anemia, para avaliar a influência desses mecanismos no desenvolvimento das anemias associadas a essa neoplasia. Amostras de sangue foram obtidas de 24 cães com linfoma multicêntrico, sendo 10 sem anemia e 14 com anemia, e 20 cães saudáveis. Foi observada diferença significante no estado antioxidante total entre os grupos controle, grupos experimentais com linfoma multicêntrico com anemia e sem anemia (p < 0,0001). Não houve diferença significante quando os cães com linfoma com anemia e sem anemia foram comparados, assim como na avaliação das concentrações plasmáticas do MDA entre o grupo controle, grupo experimental com linfoma multicêntrico com anemia e grupo experimental com linfoma multicêntrico sem anemia (p = 0,823). A diferença também não foi significante quando se comparou o grupo controle e o grupo dos animais doentes (p=0,671). A diferença não foi significante na avaliação das concentrações eritrocitárias de superoxido dismutase entre o grupo controle, grupo experimental com linfoma multicêntrico com anemia e grupo com linfoma multicêntrico sem anemia (p=0,0748.). Entretanto, foi observada diferença significante entre o grupo controle e o grupo experimental com linfoma multicêntrico (p=0,0168). Não foi observada diferença na fragilidade osmótica eritrocitária dos cães com linfoma multicêntrico com anemia e sem anemia, as concentrações de NaCl em que observou-se 50% de hemólise estavam dentro dos valores postulados por Jain, 1963. Os resultados obtidos indicam um aumento do estresse oxidativo em cães com linfoma e que a anemia observada nos pacientes com linfoma não esta relacionada diretamente a diminuição das defesas antioxidantes eritrocitárias ou à alterações nas propriedades de membrana secundarias a peroxidação lipídica, que poderiam interferir na fragilidade do eritrócito |