Inter-relações entre índice -3, estresse oxidativo e composição corporal em mulheres com câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carioca, Antonio Augusto Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-14122015-121826/
Resumo: Introdução - O câncer de mama é dos tipos de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Sabe-se que durante o desenvolvimento do câncer de mama diversos mecanismos regulatórios estão em desequilíbrio, enquanto processos como a inflamação crônica e as reações pró-oxidativas se encontram estimuladas. Nessa perspectiva, alguns estudos propõem que alguns fatores de risco ambientais possam ser modificados. Desses, grande destaque tem sido direcionado à dieta e, particularmente, ao perfil de gorduras consumidas. Objetivo - Avaliar a associação do índice -3, estresse oxidativo e composição corporal em mulheres com câncer de mama. Métodos - Foram selecionadas 101 mulheres com recém-diagnóstico de câncer de mama, com estadiamento tumoral I a IV. Essas pacientes foram selecionadas do serviço de Mastologia do Hospital Geral de Fortaleza, Ceará. Foram avaliados parâmetros antropométricos (peso, altura, IMC e circunferência da cintura) e de composição corporal por impedância bioelétrica. Após jejum de 12h foram obtidas amostras de sangue e a partir plasma foram analisados os marcadores do estresse oxidativo [LDL eletronegativa LDL(-) e seus auto anticorpos, 8-Oxo-2\'-deoxiguanosina - 8OHdG por meio de imunoensaios, vitaminas lipossolúveis por HPLC e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico -TBARS por teste colorimétrico]. O perfil de ácidos graxos nos eritrócitos foi determinado por cromatografia a gás e a partir do percentual de ácidos graxos eiocosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) calculou-se o índice -3. Os resultados obtidos foram analisados por meio de testes comparação de médias, correlações e modelos de regressão linear (SPSS 20.0). Resultados Não houve relação significativa entre ácidos graxos EPA, DHA e índice -3 e biomarcadores de estresse oxidativo, antropométricos e de composição corporal (p>0,05). Entretanto, os antioxidantes lipossolúveis foram maiores em mulheres na pós-menopausa, com tumor em estágio inicial e linfonodos negativos. O conteúdo de TBARS associou-se com o estadiamento clínico. A adiposidade foi associada com concentrações de retinol e 8-OHdG, enquanto LDL(-), 8-OHdG e TBARS foram correlacionadas com antioxidantes lipossolúveis após o ajuste para fatores de confusão. Conclusão - O índice -3 não está 5 correlacionado com estresse oxidativo e composição corporal. Entretanto, marcadores do estresse oxidativo estiveram associados ao perfil clínico e a composição corporal nestas pacientes.