Jogo e linguagem: o papel do jogo na Educação a partir da virada linguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Janeiro, Danilo Silvestre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-18062021-101013/
Resumo: O presente trabalho tem a intenção de questionar o lugar do jogo na Educação sem reduzi-lo aos seus efeitos, analisando o lúdico a partir de suas premissas e de seu funcionamento na linguagem. Para isso, parte da afirmação de Johan Huizinga de que o jogo é a origem da cultura, sugerindo que dentro de delimitações de regras, de espaço e de tempo, jogos estabelecem propostas autônomas capazes de gerar novos significados passíveis de serem apropriados pela cultura. Essa abordagem estabelece o jogo como um acontecimento na linguagem, iniciando uma linha de análise que levará a Gregory Bateson, autor que entende o jogo como uma estrutura linguística que envolve metalinguagem e metacomunicação para ressignificar os demais signos. Esses posicionamentos inserem-se dentro do recorte da virada linguística, uma concepção teórica que afirma a primazia das palavras sobre as coisas e engloba autores de diferentes áreas. Utilizando esta corrente de pensamento como fio condutor, torna-se possível recorrer a outros autores, como Ludwig Wittgenstein e George Spencer-Brown, para pensar as dificuldades de um uso utilitarista do jogo na Educação, os desafios da gamificação, a relação entre o jogo e o mundo que o cerca, e propor o lúdico como um lugar constante de experimentação, invenção, risco e compreensão das estruturas da linguagem.