Uma história da literatura de horror no Brasil: fundamentos e autorias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nestarez, Oscar Andrade Lourenção
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-05102022-192221/
Resumo: A presente tese constitui-se como um estudo historiográfico da ficção literária de horror no Brasil, tendo, entre seus propósitos, a investigação da genealogia e das singularidades dessa produção confia-se leitura a narrativas dos séculos XIX e XX, e primeiros decênios do XXI. Para tanto, o trabalho sustenta-se em três capítulos: no primeiro, verificam-se as origens e a consolidação do gênero horror, aqui contemplado à luz dos estudos de Noël Carroll e Xavier Aldana Reyes, entre outros, que elegem o efeito estético como determinante para tal expressão ficcional. Avultam, nesta parte da tese, acepções que objetivam diferenciar a manifestação do horror em relação ao gótico e ao fantástico, suas matrizes literárias, bem como a conceituação de um imaginário de acordo com pressupostos de Michel Maffesoli do horror, a preceder a própria conformação do gênero, com vistas a enfrentar anacronismos que comumente caracterizam a recepção de narrativas assustadoras. Também no primeiro capítulo, destaca-se o papel da estética da recepção, conforme estabelecida por Jauss e Iser, nos estudos relacionados à escrituração do horror. No segundo capítulo, traça-se um percurso da literatura de horror no Brasil com a abordagem de 17 narrativas breves. O ponto inicial é Noite na taverna (1855), que nesta tese antecede as prosas correspondentes a cada uma das 14 décadas que separam a obra de Álvares de Azevedo do século XXI. Em todo o percurso, mantém-se em vista a vinculação dessas narrativas ora ao imaginário do horror no Brasil, ora ao gênero de fato, conforme proposto no primeiro capítulo. Também se busca salientar, aqui, as ressonâncias de certas obras na composição do horror no país do século XXI produção essa que entra em foco no terceiro e último capítulo, com as análises de três contos: Casa de fazenda (2012), de Márcio Benjamin, A idade da revelação (2018), de João Paulo Parisio, e Um invasor (2020), de Cláudia Lemes. Por fim, soma-se a essas leituras um breve panorama contextual da literatura de horror brasileira nas duas primeiras décadas deste século