A relação entre responsabilidade social corporativa, modo de governança e competitividade: um estudo das multinacionais brasileiras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Melo, Mary Fernanda de Sousa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-08012020-164601/
Resumo: Teoria e prática demonstram que empresas têm adotado iniciativas no sentido de incluir a responsabilidade social corporativa (RSC) em sua estratégia. Contudo, não está claro se essas iniciativas produzem os resultados pretendidos, no sentido de aumentar a competitividade dessas empresas. Dentro desse cenário, o modo de governar as ações de RSC tem se apresentado como uma variável contextual que poderia explicar o sucesso, ou mesmo o fracasso, das iniciativas de RSC. Com isso, este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a estratégia de responsabilidade social corporativa e competitividade, considerando o efeito moderador do modo de governança das ações de RSC. Estudos anteriores analisaram a relação entre modo de governança, RSC e competitividade - as variáveis consideradas nesse trabalho - com base em dados secundários de países desenvolvidos e apenas considerando a relação entre duas das variáveis mencionadas. No entanto, esse estudo estende essa discussão coletando dados primários da realidade de empresas multinacionais de um país emergente e ainda considera as três variáveis de forma conjunta para a análise, tendo como base teórica a Teoria dos Stakeholders. A abordagem metodológica é quantitativa, visando testar as hipóteses utilizando a Modelagem de Equações Estruturais. O software utilizado foi o SmartPLS 3.0 que testa o modelo estrutural por meio do método de mínimos quadrados ordinários. O instrumento de coleta de dados foi um questionário e as análises da survey foram realizadas com 144 multinacionais brasileiras. A hipótese principal que apresentava a relação positiva e significativa entre responsabilidade social corporativa e competitividade foi confirmada. Em relação ao modo de governança, observou-se o uso de diferentes modos por uma mesma multinacional, a depender das características da ação de RSC que ela desenvolvia, contudo, o efeito moderador da variável modo governança na relação entre RSC e competitividade não foi confirmado. Esta pesquisa apresentou contribuições à literatura por meio da apresentação e teste de um modelo teórico-empírico que relaciona três variáveis complexas, em um cenário específico (empresas multinacionais de país emergente), e ainda testou e validou três escalas para o cenário brasileiro; bem como contribui para a prática, ao fornecer aos gestores uma visão abrangente das possibilidades de atuar em RSC, de como governar tais ações e dos retornos que esta prática pode gerar.