Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carolina Casadei dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-27072020-141032/
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Resumo: |
O número de transplantes no mundo vem se mantendo estável e, no Brasil, após aumento, de 2012 a 2017, mostrou queda em 2018. As complicações após o transplante cardíaco (Txc) incluem rejeição, infecção, malignização e doença vascular do enxerto. A sobrevida média do Txc está em torno de 9 anos no Brasil e 11 anos no mundo. Qualquer intervenção que possa aumentar esta sobrevida média e diminuir a disfunção do enxerto seria de grande utilidade, e poderia evitar situações de retransplante de coração, como na doença vascular do enxerto. Durante o Txc, ocorre ruptura das fibras simpáticas pós-ganglionares causando denervação completa do enxerto. A ausência de nervos aferentes para regulação da frequência cardíaca (FC) deixa o coração sob a influência de seu controle interno e hormonal. A FC de um paciente transplantado varia de 90-110 bpm, demonstrando a falta de tônus parassimpático vagal, causando predomínio do simpático por ação direta das catecolaminas sobre a fibra cardíaca. Recentemente, a FC elevada em repouso vem sendo estudada nos pacientes que foram submetidos a Txc. Estudos não randomizados vêm mostrando que o uso da Ivabradina para diminuição da FC pode diminuir a incidência de mortalidade, disfunção de enxerto e doença vascular do enxerto. Com a hipótese de que a redução da FC com o antagonista do canal If (Ivabradina) poderia ser eficaz, segura e potencialmente melhor que outros medicamentos em receptores de Txc, teve-se como objetivo primário avaliar se a Ivabradina reduz a FC com 3,6,12,18,24,30 e 36 meses quando comparada ao grupo-controle e, como objetivo secundário, diminuição de mortalidade, disfunção do enxerto e redução de massa ventricular. Randomizaram-se 35 pacientes, sendo 54,28% no grupo-controle (GC) e 45,72% no grupo Ivabradina (GI). Partiu-se de uma FC basal no GC de 105,0 ± 6,0 e no GI de 107,7 ± 7,8, sem diferença estatística significante (p < 0,475). Avaliou-se que, já com 3 meses, houve redução significativa no GI para 82,5 ± 10,9 (p < 0,001) e que se manteve essa redução até os 36 meses com FC de 74,6 ± 6,6 (p < 0,001), o mesmo não ocorrendo no GC. Portanto, concluiu-se que a Ivabradina foi eficaz para reduzir a FC basal nos pacientes pós-Txc, com significância estatística. Quanto à redução de mortalidade, de falência de enxerto ou redução de massa ventricular, a Ivabradina não pode evidenciar benefício. |