Avaliação das alterações microcirculatórias renais secundárias ao uso de ivabradina em um modelo experimental de sepse em hamsters

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferro, Ariana Gayer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12716
Resumo: Ivabradina, uma droga inibidora da corrente If no nodo sinoatrial, já foi utilizada em pacientes sépticos, embora poucos estudos tenham examinado seus efeitos sobre a função da microcirculação renal. Dessa forma, o presente estudo experimental foi desenvolvido para caracterizar os efeitos microcirculatórios renais da ivabradina em um modelo murino de sepse abdominal que permite avaliações in vivo da microcirculação. Vinte e oito hamsters sírios dourados foram alocados em grupos: sham; animais sépticos não tratados; animais sépticos tratados com solução salina a 0,9%; animais sépticos tratados com ivabradina (2,0 mg.kg-1 de peso corporal, em bolus intravenoso, seguido de 0,5 mg.kg-1.h-1). A realização de laser Doppler no rim esquerdo permitiu a análise quantitativa e qualitativa microvascular. Pressão arterial, frequência cardíaca, gasometria arterial e parâmetros hematológicos e bioquímicos também foram documentados. A indução de sepse acarretou diminuição da perfusão renal e se associou com disfunção orgânica e acidose metabólica. O tratamento com ivabradina atenuou significativamente essas respostas: em comparação com os animais sépticos tratados com solução salina a 0,9%, aqueles tratados com ivabradina terminaram o experimento com menor comprometimento da função de órgãos e melhor função endotelial renal. Dessa forma, a ivabradina foi eficaz na redução da disfunção de órgãos e de distúrbios microvasculares renais evocados pela sepse experimental. Esses resultados sugerem que a ivabradina produz efeitos benéficos sobre a microcirculação renal de animais sépticos.